Data de publicação: 03 de Agosto de 2018, 12:50h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:32h
Há dois meses, Laura nasceu de parto prematuro extremo. Ela chegou ao mundo com 28 semanas de gestação, aproximadamente 3 meses antes do previsto. Isso porque a personal trainer, Sabrina Boareto, de 29 anos, havia planejado a gravidez da filha. Agora, a mãe espera a alta da menina na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal de um hospital de Aracaju, em Sergipe. Ela nasceu com pouco mais de 1,7kg. Mas o pior já passou. A pequena Laura começa a ganhar peso. Está agora com 2kg. E isso somente com o leite da mãe. Por enquanto, a personal amamenta menos do que poderia, porque a bebê ainda não aguenta tomar todo o leite que precisa direto no peito. A outra metade, ela recebe o leite materno por sonda. E olha que Sabrina escreveu a dissertação de mestrado enquanto estava gestante. Agora, ela só espera a alta da filha para apresentar a dissertação, e mostrar que também se formou em ser mãe.
“A minha menina nasceu de 28 semanas, é uma prematura extrema. Então ela já ficou internada direto na UTI neonatal. A minha trajetória de doação foi por conta disso. Ela ainda usa sonda porque ela não consegue mamar todo o leite materno do que precisa diretamente no peito. Ela toma um pouco no meu peito. O restante ela recebe por sonda. E o meu leite está contribuindo, ela toma leite materno desde que nasceu. Então isso está contribuindo muito para o desenvolvimento dela.”
E é num Banco de Leite Humano de Aracaju onde Sabrina doa seis litros por semana, sendo a maior doadora da unidade. A enfermeira neonatologista do Banco, Magda Dória, de 50 anos, explica que o ato de doar estimula a produção de leite na mama. E fala sobre a importância do aleitamento materno nos primeiros seis meses de vida da criança.
“Quanto mais essa mulher doar, mais ela vai ter leite. Esse peito vai produzir leite à medida que há um estímulo. Há um estímulo de retirada, de uma criança mamando, então esse leite precisa de uma produção. O leito materno é um alimento perfeito, com as vitaminas, proteínas, com a quantidade de água e de gordura. Então o leite que é produzido no corpo ajuda a prevenir doenças e complicações. Se uma criança está na UTI, ele vai ajudar no sistema imunológico..”
Viu como é importante o aleitamento materno para o bebê? Até na UTI, ele é necessário. E o recado fica para você aí, mãe sergipana em fase de amamentação. O papel de vocês também é fundamental na vida das crianças. Se alimente bem, esteja saudável e atenta às vontades do bebê. Em qualquer banco de leite humano da sua cidade, você pode receber informações sobre o assunto. Lembre-se: amamentação é a base da vida.
#EuAmamento