Data de publicação: 07 de Dezembro de 2023, 07:15h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:32h
Para garantir o acesso mais rápido da população a cirurgias, exames e consultas no Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde repassou para o estado de São Paulo cerca de R$60 milhões de reais em 2023. Para receber os recursos, o estado elaborou um Plano de Redução de Filas incluindo as cirurgias consideradas prioritárias, que hoje inclui 54 procedimentos eletivos de alta e média complexidade.
Entre as cirurgias da fila, duas de especialidades oftalmológicas foram realizados com mais frequência na rede pública neste ano, sendo 39.500 capsulotomias, procedimento realizado após a cirurgia da catarata, e 37.300 fotocoagulações a laser, indicado para tratamento de doenças que afetam vasos sanguíneos do olho, como retinopatia diabética.
Nubia Vanessa, oftalmologista do Hospital de Olhos, destaca que o número de cirurgias feitas mostram que especialistas e equipamentos são “fundamentais” para que a rede pública possa atender à demanda da população.
“Tanto a capsulotomia, que seria por conta de cirurgias de catarata, e após a cirurgia de catarata, você precisa fazer esse procedimento a laser, demonstra que vários pacientes fizeram a cirurgia e foram atendidos a nível de saúde pública. Bem como uma fotocoagulação a laser, que está relacionado à retinopatia da diabetes”, pontua Vanessa.
A oftalmologista explica que quanto mais precoce o paciente realizar o procedimento de fotocoagulação a laser, menos são os danos oftalmológicos e à diabetes, evitando futuras cirurgias.
Catarata: sintomas e tratamento
O oftalmologista Jonathan Lake, diretor médico do Grupo Opty, informa que problemas oculares afetam grande parte da população a partir de uma certa idade, por isso, existe um desafio em oferecer saúde ocular para a população.
“É muito importante agilizar os procedimentos tanto na rede normal, mas também por meio dessas medidas, os mutirões, que são uma das denominações que utilizamos para programas como esse como de redução das filas, são muito importantes. Porque existem condições que diminuem a visão, trazem baixa visão ou até cegueira para o paciente”, explica o oftalmologista.
De acordo com a SES, em setembro, foram realizados 240.450 procedimentos, o que representa 32% do total de 746.911 cirurgias eletivas efetuadas em São Paulo neste ano.
Para entrar na fila de cirurgias eletivas, o paciente deve ir até a Unidade Básica (UBS) de saúde mais próxima e agendar uma consulta. Os procedimentos realizados estão disponíveis no portal do Ministério da Saúde.
Ainda segundo a SES, estão previstos R$ 405 milhões para expandir o acesso a tratamento de pacientes com câncer, R$ 320 milhões aos mutirões de cirurgias eletivas e R$ 150 milhões aos de cardiologia. No total, o investimento é de R$ 875 milhões.