LOC.: Os problemas bucais podem ter impacto na saúde de maneira geral. No Brasil, a cárie está entre as doenças bucais mais comuns, segundo dados preliminares da última edição do SB Brasil – Pesquisa Nacional de Saúde Bucal. Segundo o relatório, crianças com 5 anos de idade apresentam o maior número de casos. De acordo com o estudo, os idosos foram os que apresentaram maior percentual de necessidade de encaminhamento para avaliação abrangente ou tratamento médico/odontológico. Os números ainda podem sofrer alterações ao final do levantamento.
A dentista Carolina Alexandre, da IGM Odontopediatria, explica que a saúde bucal está diretamente relacionada a qualidade de vida, bem-estar e a saúde geral do indivíduo.
TEC./SONORA: dentista Carolina Alexandre, da IGM Odontopediatria
“Através de exames odontológicos regulares é possível identificar indícios de doenças como diabetes, doenças cardiovasculares e até mesmo câncer bucal, permitindo encaminhamento e tratamento precoce. Ao promover a saúde bucal e prevenir doenças os proficionais dessa área contribuem para a melhora da qualidade de vida e bem-estar da população como um todo”
LOC.: Uma portaria do Ministério da Saúde foi publicada para instituir o Serviço de Especialidades em Saúde Bucal, que amplia o Brasil Sorridente, para expandir o atendimento odontológico para a população de municípios de até 20 mil habitantes em todo Brasil. Localidades como Cerejeiras, em Rondônia, Capixaba, no Acre, Tapuá, no Amazonas, Santa Cruz do Arari, no Pará, Miranorte, no Tocantins, Amarante, no Piauí e Poço Branco, no Rio Grande do Norte, poderão receber atendimento.
O coordenador da comissão de políticas públicas do Conselho Federal de Odontologia, Guilherme Graziani, observa que muitas dessas regiões precisam de cuidados básicos. Ele ressalta que algumas não conseguiam ter atendimento de forma centralizada.
TEC./SONORA: coordenador da comissão de políticas públicas do Conselho Federal de Odontologia, Guilherme Graziani
“Como funcionava a odontologia, ela funcionava de modo descentralizado, tinham alguns municípios de referência com cirurgião-dentista na atenção básica, em algumas localidades o município tinha que arcar 100 por cento com o custeio da odontologia, não tinha o aporte financeiro do Ministério da Saúde”
LOC.: O serviço deve alcançar mais de 15 milhões de pessoas em aproximadamente 2.600 cidades com atendimento de até três especialidades. Os municípios que quiserem solicitar o serviço precisam oferecer atendimentos odontológicos e ter, no mínimo, 75% de cobertura de saúde bucal na Atenção Primária à Saúde e não ter um Centro de Especialidade Odontológica (CEO). O credenciamento pode ser feito pelos próprios gestores locais, segundo o Ministério da Saúde.
Reportagem, Lívia Azevedo