LOC.: Os gastos com saúde cresceram no Brasil. Só em 2023, o setor deve movimentar no país R$ 414,6 bilhões. Esse número representa um acréscimo de 7,4% em comparação com o ano anterior. Em 2022, esse mercado alcançou R$386,1 bilhões. A conclusão é da Pesquisa IPC Maps, especializada em potencial de consumo dos brasileiros. Segundo o levantamento, São Paulo lidera a lista dos estados com mais gastos. Um aumento de 6,9%, comparado a 2022. O valor pode chegar a R$ 126.437.738.120. As despesas com medicamentos aparecem em primeiro lugar — custos acima de R$ 56 bilhões. Para o responsável pelo estudo, Marcos Pazzini, essa alta pode ser explicada:
TEC./SONORA: responsável pelo estudo IPC Maps, Marcos Pazzini
“Isto, de certa forma, é reflexo do envelhecimento da população. O envelhecimento da população exige mais cuidados por parte dessa parcela da população, mais idas aos médicos, mais medicamentos, mais realização de exames, e isto acaba onerando toda a cesta de consumo da população. É um cenário que vem acontecendo já há muitos anos, cada vez mais”
LOC.: A professora e coordenadora pedagógica aposentada, Elenir Rosa de Azevedo (67), conta que precisa se organizar e fazer um bom planejamento para conseguir pagar as contas e cuidar da saúde.
TEC./SONORA: professora elenir rosa
“Tenho 67 anos e meu marido 69. E para mantermos nossa saúde em dia e uma qualidade de vida mais saudável, temos um gasto mensal muito grande, com consultas, exames e remédios. Além disso, se faz necessário exercícios físicos com o acompanhamento de um profissional qualificado. Nós fazemos pilates e é caro. E também bons hábitos alimentares. Aí é preciso ajuda de um nutricionista, que também é caro”.
LOC.: Conforme o levantamento, medicamentos, planos de saúde e tratamento médico e dentário aparecem como os ítens que a população mais investe. São quase R$ 218 bilhões referentes a plano de saúde e tratamento médico e R$ 197 bilhões com medicamentos. Segundo o responsável pela pesquisa, Marcos Pazzini, a tendência é que as despesas com saúde continuem aumentando ao longo dos próximos anos.
Reportagem, Lívia Azevedo