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Santa Catarina assumiu o posto de maior estado produtor do Brasil no setor de vestuário e acessórios, com produção estimada em R$ 6,6 bilhões no biênio 2017/2018, passando São Paulo e sendo símbolo de uma descentralização da indústria do Sudeste.
É isso que aponta uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) que avaliou a década entre os biênios 2007/2008 e 2017/2018. O estudo evidencia que a variação da participação do Sudeste no PIB industrial do Brasil no período teve queda de -7,66 pontos percentuais, enquanto houve crescimento nas outras quatro regiões, com destaque para Sul e Nordeste, que tiveram crescimento acima de 2 pontos percentuais.
Para parlamentares que atuam no fortalecimento do setor, o crescimento da indústria no Sul, exemplificado pelo caso de Santa Catarina, afeta diretamente a população, como acredita o deputado federal Hélio Costa (Republicanos-SC). “[O crescimento] vai gerar mais emprego, vai melhorar a arrecadação do Estado e do País. Santa Catarina recolhe muitos impostos a nível federal”, diz.
“O nosso povo é muito trabalhador. Somos um estado pequeno, mas não somos um pedaço. A nossa população trabalha muito e os nossos empresários estão sempre se movimentando na Federação das Indústrias de Santa Catarina, que é muito ativa. Nós já somos o maior produtor de carne e de frango, ultrapassamos São Paulo no vestuário e em acessórios, isso é muito bom, gera emprego. Santa Catarina não tem crise.”
A produção industrial brasileira se concentrava, historicamente, em estados do Sudeste, como São Paulo e Rio de Janeiro, mas uma nova movimentação vem sendo percebida pelos setores da área e beneficiando populações de outras regiões.
Vice-presidente do Conselho Regional de Economia do Piauí (Corecon-PI), Dorgilan Rodrigues da Cruz analisa esse novo cenário. “Hoje, essas indústrias querem estar mais próximas do seu consumidor. E, principalmente, querem evitar custos. Então, a questão da descentralização do setor produtivo, do setor industrial, é exatamente para se aproximar do seu mercado consumidor, evitando assim o maior custo de frete, de transporte, perdas do processo de levar e trazer o produto, levar a matéria-prima e depois escoar o processo produtivo.”
Para o economista, o processo de industrialização nos estados aquece e oxigena toda a economia, levando emprego, matéria-prima e crescimento, fortalecendo ainda o agronegócio, o terceiro setor a questão tributária dos governos locais. “A indústria é um setor da nossa economia que impulsiona. Entre os destaques dessas atividades econômicas, há a linha de produção de alimentos, linha de produção de derivados do petróleo — como biocombustível —, a indústria farmacêutica também teve esse crescimento, indústrias extrativas”
Dorgilan também destaca o aumento da produção nacional de vestuário e acessórios, que tem como um dos grandes polos o estado de Santa Catarina. “Houve um crescimento de 6,2%. Isso mostra que as famílias começaram a se abastecer de bens de consumo, bens de produtos para melhorar a qualidade de vida”, diz.
Santa Catarina alcançou, em 2018, 26,8% da produção nacional desse segmento, passando de uma receita de R$ 2,5 bilhões em 2007/2008 a R$6,6 bilhões uma década depois. A produção industrial nacional de todos os setores também vem ganhando destaque em estados como Pará, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco e Mato Grosso do Sul.
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