Data de publicação: 30 de Abril de 2020, 05:30h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:31h
De janeiro a março deste ano foram confirmados 406 casos, com 39 mortes, pelos três tipos de vírus da gripe que mais circulam no Brasil. O estado de São Paulo concentra o maior número de notificações de gripe por Influenza A (H1N1): 50 casos e 4 mortes. Em seguida, estão a Bahia, com 49 casos e 3 mortes, e o Paraná, com 21 casos e 5 mortes. As informações são do Ministério da Saúde.
Dos casos de gripe deste ano, 204 casos e 19 mortes foram por Influenza A (H1N1); 181 casos e 17 mortes por Influenza B; e 21 casos e 3 mortes por Influenza A (H3N2), segundo o ministério. No ano passado, o país registrou 5.800 casos e 1.122 mortes.
O Ministério da Saúde mantém o controle desse vírus no Brasil por meio da Vigilância Sentinela de Síndrome Gripal (SG) e de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Esses serviços têm 167 unidades distribuídas nas cinco regiões do país, que identificam os vírus respiratórios circulantes, monitoram o número de pessoas hospitalizadas e as mortes, para definir a composição da vacina no ano seguinte.
Todos os brasileiros que compõem o público-alvo definido pelo Ministério da Saúde devem receber a dose da vacina, como explica coordenadora-geral do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde, Francieli Fontana.
”Trabalhamos com um indicador de cobertura vacinal. Temos uma meta de vacinação em todos os municípios para que a população esteja protegida. A meta do Ministério da Saúde é vacinar, pelo menos, 90% de cada um dos grupos prioritários. Nós precisamos vacinar todas as regiões. A vacinação é disponibilizada para todo o país. Todas as regiões devem se preocupar com a gripe. Algumas regiões registram mais casos em um período e regiões em que ocorre com frequência em outros períodos. Por exemplo, na região Sul, o Influenza acontece mais no inverno; e na região Norte, no período de chuva. Mas circula em todo o país.”
A mudança constante dos vírus da gripe requer uma reformulação contínua da vacina. No Sistema Único de Saúde (SUS), as vacinas são gratuitas, seguras e estão disponíveis em mais de 41 mil postos de vacinação em todo o Brasil. A vacina também pode ser encontrada em serviços de saúde particulares.
Além da vacinação, especialistas sugerem como prevenção a higienização das mãos. Marta Heloísa Lopes, professora do Departamento de Doenças Infecciosas da USP, fala sobre isso.
“Neste momento, a coisa mais importante é evitar aglomerações, evitar contato próximo com outras pessoas e, principalmente, fazer a higiene das mãos. Não colocar a mão no rosto, boca e nariz sem lavar a mão também é extremamente importante.”
O Ministério da Saúde pretende vacinar no mínimo 90% dos grupos prioritários até o dia 22 de maio, quando termina a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. O Instituto Butantan é responsável pela produção de 79 milhões de doses, que estão sendo enviadas aos estados e Distrito Federal de forma escalonada, afim de facilitar o armazenamento da vacina em condições seguras para a vacinação da população-alvo conforme as fases definidas previamente.
Em caso de fila as pessoas, principalmente os idosos, devem manter distância de pelo menos 2 metros dos demais.
E, para mais informações sobre a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, acesse: saude.gov.br/vacinabrasil.