LOC.: Economistas avaliam que a suspensão do pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a União por 36 meses será fundamental para que o estado tenha fôlego para arcar com a reconstrução do que foi destruído pelas enchentes.
De acordo com o Ministério da Fazenda, a suspensão do pagamento da dívida e a isenção temporária dos juros terão impacto de R$ 23 ilhões, recursos que deverão ser usados para financiar obras de reconstrução do estado.
Professora de Ciências Econômicas da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Claudia Vasconcelos acredita que, sem o perdão momentâneo da dívida, dificilmente o estado teria caixa para se manter adimplente e, ao mesmo tempo, reconstruir o que foi destruído pelas enchentes.
TEC./SONORA: Claudia Vasconcelos, professora de Ciências Econômicas da Universidade Presbiteriana Mackenzie
"Em primeiro lugar, a questão da arrecadação no estado ficou totalmente comprometida e a gente não sabe nem por quanto tempo isso vai ocorrer. Em segundo, são necessários vários gastos extraordinários. É um incentivo extremamente necessário. A gente tem uma questão emergencial, e sem essa folga é praticamente impossível qualquer ação do governo do Rio Grande do Sul."
LOC.: Segundo a economista Deborah Bizarria, em situações de calamidade pública, como a enfrentada pelos gaúchos, medidas de apoio extraordinárias se justificam.
TEC./SONORA: Deborah Bizarria, economista
"É nesse contexto de excepcionalidade que a medida do governo federal é importante para permitir que o estado utilize os recursos em ações emergenciais de reconstrução, sem a pressão imediata das obrigações financeiras que já eram devidas."
LOC.: De autoria do Executivo, a suspensão da dívida foi aprovada pela Câmara dos Deputados na forma de um projeto de lei complementar. Agora, a medida será analisada pelo Senado.
Reportagem, Felipe Moura.