LOC.: A regulamentação do mercado de carbono tem potencial para aumentar o PIB brasileiro em 5%. De acordo com estimativa da Confederação Nacional da Indústria, a CNI, o ganho seria de cento e vinte e oito bilhões de dólares.
Para a CNI, um modelo que inclua a participação da indústria na governança e que não considere sanções desproporcionais e penalidades excessivas vai contribuir para que o país atinja suas metas climáticas de longo prazo, estabelecidas no Acordo de Paris.
O deputado Aliel Machado é o relator, na Câmara dos Deputados, do projeto de lei que regulamenta o mercado de carbono no Brasil. Segundo ele, os países que aderiram ao Acordo de Paris têm metas para cumprir em relação à redução da emissão de gases de efeito estufa.
TEC./SONORA: Deputado Aliel Machado (PV/PR)
“A instalação do mercado de carbono regulado exige que empresas e o setor regulado tenham metas a cumprir para diminuição dos gases. Quem conseguir diminuir mais daquilo que é exigido terá cotas para poder vender no mercado, quem não conseguir terá que fazer aquisição dessas cotas, portanto, tendo custo em relação à isso”
LOC.: Segundo o parlamentar, o projeto já foi aprovado pelo Senado e se encontra em fase de análise na Câmara dos Deputados.
A proposta cria o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) e estabelece a formação de um órgão responsável pela gestão do mercado de carbono no país. Na proposta aprovada pelo Senado em outubro, as atividades primárias da agricultura e pecuária não estão incluídas na regulação proposta
De acordo com a CNI, a regulamentação do mercado de carbono é entendida como uma medida complementar a outras agendas verdes, como a expansão das energias renováveis, o fortalecimento da política nacional de biocombustíveis e, especialmente, a redução do desmatamento ilegal.
Reportagem, Nathália Guimarães