LOC.: Pequenos e Microempreendedores Individuais (MEI) carregam nas costas a maior carga de empregos do país: 70% das vagas — formais e informais do Brasil — vêm dessas empresas. Além disso, são eles os responsáveis por 90% dos CNPJs brasileiros e por gerar 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Apesar disso, a Reforma Tributária enxerga o Simples Nacional como um benefício de renúncia fiscal e pode mudar a regra vigente.
Na luta de quem representa o setor, a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) promoveu um debate para encontrar caminhos para minimizar os impactos da Reforma. Para o presidente da entidade, Alfredo Cotait Neto, é absurdo o entendimento que o fisco tem sobre o Simples, encarado como apenas uma renúncia fiscal.
TEC/SONORA: Alfredo Cotait Neto, presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB)
“É, na verdade, a maior contribuição já dada para o país. Portanto, não vamos misturar as coisas. Querem gerar receita, deixem o Simples de lado”
LOC.: No Congresso a luta é encabeçada pelo presidente da frente parlamentar do empreendedorismo, deputado Joaquim Passarinho. Segundo ele, a batalha hoje é pela manutenção do Simples.
TEC/SONORA: deputado Joaquim Passarinho, (PL-PA)
“Com o novo sistema, de débito e crédito em cima do que foi pago no consumo, o Simples perdeu competitividade, sobretudo para aquele que está no meio da cadeia produtiva. Nós precisamos trabalhar para que isso possa ser mantido — o Simples é um sucesso e esse sucesso tem que ser garantido na Constituição.”
LOC.: O Simples Nacional é um regime unificado de arrecadação de tributos voltado para microempresas e empresas de pequeno porte. A adesão pode ser pedida, entre outras, por empresas de pequeno porte com receita anual bruta entre R$ 360 mil R$ 4,8 milhões.
Reportagem, Livia Braz