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O Programa Parceiro na Escola, lançado em 2023 por meio de Parceria Público-Privada e o governo do Paraná, zerou o número de aulas vagas nas escolas da rede pública do estado: Aníbal Khury, em Curitiba, e Anita Canet, em São José dos Pinhais.
Segundo a Tom Educação, grupo de gestão escolar que participa do programa, o avanço foi possível a partir de um processo seletivo que envolveu milhares de profissionais e que garantiu a contratação de professores titulares e substitutos.
O CEO do grupo, César Cunha, explica que o programa visa promover apoio aos profissionais da educação para poderem desenvolver seu trabalho com mais recursos.
“Ao fazer toda a gestão administrativa e financeira da escola, o diretor pedagógico da escola tem a capacidade de focar no que mais interessa e no que ele foi desenvolvido para fazer: que é a aprendizagem dos estudantes, o desenvolvimento dos seus educadores e o relacionamento com as famílias. Com isso, ele aumentou bastante a qualidade tanto do ensino quanto da aprendizagem”, afirma.
Cunha ainda destaca que ambas as escolas tiveram uma série de melhorias com a implementação do programa.
“No âmbito das infraestruturas, houve revitalização dos espaços, pintura da escola, paisagismo, houve investimento nos laboratórios. Tiveram também processo seletivo super rigoroso para contratação de professores e tutores. Investimento em aulas de reforço, especialmente em Português e Matemática para recuperar o atraso que a pandemia nos trouxe. Investimento em novos pedagogos para garantir cada vez mais ensino aprendizagem, pessoas apoiando no aumento da frequência, buscando os alunos que não iam para a escola”, ressalta.
Segundo ele, a frequência escolar das instituições também aumentou com a implantação do projeto. “Quem visitou a escola nesse primeiro ano de piloto antes e depois vê que as escolas mudaram completamente, tanto quando você fala de clima, ambiente escolar e de fluxo de alunos, quanto alguns indicadores já bem tangíveis como resultado nas plataformas escola, frequência das escolas, a quantidade de aulas vagas, a inscrição nos vestibulares. Todos esses indicadores melhoraram consideravelmente”, diz.
Levantamento realizado pelo Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), a pedido da Unicef, revelou que 11% dos brasileiros de 11 a 19 anos estavam fora da escola em 2022. Esse número corresponde a 2 milhões de meninas e meninos.
Conforme a pesquisa, entre os alunos que não frequentam a escola, metade (48%) afirmou que deixou de estudar “porque tinha de trabalhar”. Em seguida, (30%) afirmou que tinham dificuldade de aprendizagem. Aparecem na lista, também, temas como falta de transporte (18%), gravidez (14%), desafios por ter alguma deficiência (9%), racismo (6%), entre outros.
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