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O pré-candidato à presidência da república Ciro Gomes pretende recriar o Ministério da Indústria e Comércio, se eleito. A pasta foi criada em 1960 e extinta em 2019, tendo suas atribuições incorporadas ao Ministério da Economia. A declaração de Ciro Gomes ocorreu durante evento promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta quarta-feira (29), em Brasília.
“Eu vou recriar o Ministério da Indústria e Comércio, mas vou criar um grande aforamento ao redor do presidente da República, para discutir, acompanhar, supervisionar, criticar, trocar e substituir prioridades do próprio projeto nacional de desenvolvimento.”
O diálogo, que também contou com as exposições dos presidenciáveis Simone Tebet e Jair Bolsonaro, teve como base as 21 Propostas da Indústria para as Eleições 2022, elaboradas por sugestões do empresariado, das federações da indústria dos estados e das associações setoriais da indústria. O documento apresenta temas relevantes para a indústria brasileira, como infraestrutura, tributação, política industrial, educação, meio ambiente e eficiência do estado.
O pré-candidato Ciro Gomes apresentou o seu Plano Nacional de Desenvolvimento, que estabelece objetivos, prazos e métodos de controle das políticas nacionais.
“O Brasil não tem plano para nada. Projeto significa um plano com começo, meio, fim, orçamentação, prazo, meta, quem faz o quê, qual é a tarefa do capital privado, qual é a tarefa do capital internacional.”
Ciro Gomes apresentou quatro propostas políticas de seu plano de governo:
“Ninguém reforma o país se não houver uma complicidade com o povo brasileiro, meritocrática, transformando as eleições em um plebiscito sobre as reformas. E é o que eu vou tentar fazer.”
Quando perguntado sobre suas estratégias para elevar a qualificação profissional ao nível dos atuais desafios tecnológicos, Ciro Gomes citou os exemplos de políticas educacionais implementadas por ele no estado do Ceará e que pretende aplicar em todo o país, se for eleito.
“Fazer da escola um lugar atraente, perseguir de forma absolutamente radical a evasão escolar, estabelecer a alfabetização na idade certa e a qualificação profissional em nível médio. Isso será uma política pública central do meu governo.”
“Se houver um centavo para gastar, esse centavo será gasto na revolução educacional, que terá todas essas qualificações: equipamentos, ferramentaria pedagógica. Mas o essencial é a mudança do paradigma pedagógico, do enciclopedismo raso para uma economia do conhecimento, que prepara o jovem para o futuro”, acrescenta.
O evento “Diálogo da Indústria com os Pré-Candidatos à Presidência da República” foi promovido pela CNI nesta quarta-feira (29). Diante de mais de 1,2 mil empresários, Simone Tebet, Ciro Gomes e Jair Bolsonaro defenderam suas propostas de governo.
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, destacou a importância do evento. “Nosso objetivo é contribuir para aprofundar o debate eleitoral e a consolidação de um país mais próspero, que ofereça oportunidades de trabalho e renda para todos os brasileiros”.
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