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REPÓRTER: Porto Alegre está entre as 10 capitais brasileiras em situação de alerta para uma epidemia de dengue. Isso quer dizer que, apesar de ainda não haver focos suficientes para uma epidemia, a situação nessas cidades não deixa de ser preocupante. Por isso, é necessária uma atenção maior do poder público e da população. A informação é do último Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes Aegypti, divulgado nesta semana pelo Ministério da Saúde. De acordo com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, a pesquisa é utilizada para orientar as ações de controle da dengue.
SONORA: ministro da Saúde Arthur Chioro
"Mostra não só as cidades, mas as regiões de cada cidade, qual é a área de maior risco. Ou se a situação é satisfatória ou se é uma situação de alerta. Identifica qual que é o tipo de depósito mais comum, se é o depósito domiciliar, se é lixo, se é armazenamento da água e, portanto, permite às prefeituras, às diferentes áreas, não só as secretarias de saúde, aos agentes de saúde, mas todos os setores e as próprias famílias, a própria sociedade, desencadear uma ação efetiva de controle tanto da dengue, quanto da chikungunya. Afinal de contas, o mosquito transmissor é o mesmo".
REPÓRTER: O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, reforça que é essencial a participação da comunidade nas ações de prevenção para combater a dengue e a chikungunya.
SONORA: secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde Jarbas Barbosa
"Como 80% dos focos de mosquito estão dentro dos domicílios, a mobilização da população tem um papel fundamental. O poder público tem que fazer sua parte. Tem que fazer remoção de lixo de terreno baldio. Tem que fiscalizar borracharia, ferro velho, esse tipo de lugar que pode reunir muito criadouro. Tem que ver praças, logradouros públicos. Mas esse trabalho em conjunto é onde a gente vê que tem um resultado importante no sucesso da mobilização das pessoas".
REPÓRTER: O agente administrativo Paulo Ricardo Teixeira mora em Porto Alegre. Ele conta que toma as medidas de prevenção para evitar que a doença apareça na vizinhança e em todo o município.
SONORA: agente administrativo Paulo Ricardo Teixeira
"Em casa, assim, particularmente, evitar o acúmulo de recipientes com água no pátio e mesmo dentro de casa. E trocar a bacia de água dos animais para evitar que o mosquito aproveite para se proliferar ali também. Então, eu troco a cada dois dias, mais ou menos, e no mais evitar o acúmulo de água em outros recipientes".
REPÓRTER: Neste ano, o Ministério da Saúde repassou aos estados e municípios cerca de um bilhão e 200 milhões de reais para ações de vigilância, prevenção e controle da doença em todo o país. Para saber mais, acesse www.saude.gov.br.
Reportagem, Fábio Ruas