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Foram confirmados dois novos casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no município de Pontal do Paraná. Os casos foram identificados em uma ave da espécie Trinta-réis-de-bando (Thalasseus maximus) e em uma Gaivota-maria-velha (Chroicocephalus maculipennis).
Até o momento, o Paraná já registrou o total de cinco focos da doença, todos em aves silvestres na região litorânea do estado. A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) informa que as medidas de vigilância nas propriedades próximas aos focos estão em andamento.
Nas últimas semanas, um caso já de IAAP já havia sido identificado em uma ave da espécie Trinta-Réis-Real (Thalasseus maximus) no município de Pontal do Paraná. Além disso, outros dois casos, também em aves da mesma espécie, foram registrados em Antonina e Paranaguá.
As amostras coletadas são enviadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA/SP), reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como referência internacional no diagnóstico da Influenza Aviária.
Mesmo com os novos focos da doença, é importante ressaltar que a infecção pelo vírus em aves silvestres não altera o status sanitário do Paraná e do Brasil como áreas livres de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). Por isso, não há impacto no comércio internacional de produtos avícolas, e o consumo de carne e ovos não representa risco, pois a doença não é transmitida por meio do consumo.
A Adapar realiza o atendimento de 100% das notificações de suspeita. Quando há um caso provável, são coletadas amostras para diagnóstico laboratorial, isolamento dos animais, interdição da propriedade epidemiológica, verificação do trânsito e investigação de possíveis vínculos.
Recentemente, a Agência capacitou e treinou profissionais em todas as Unidades Regionais do Estado, contando com médicos veterinários dedicados e com elevada capacidade técnica na área de saúde animal.
O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara afirma que o estado tem trabalhado arduamente para combater a proliferação da doença no Paraná.
“Nós estamos desde dezembro trabalhando arduamente em medidas protetivas de vigilância e de verificação de todo o ambiente de produção, reforçando agora mais, tendo em vista a ocorrência em aves silvestres a necessidade de cada avicultor, de cada produtor de ovos, de cada produtor de frango de tomar todas as medidas que inibam o ingresso no ambiente de produção”, afirmou Ortigara.
Na semana passada, a Adapar emitiu uma portaria suspendendo temporariamente a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) para aves do Litoral com destino a outras regiões.
A Influenza Aviária (IA) é uma doença viral altamente contagiosa que afeta aves domésticas e silvestres, podendo causar sérias consequências para a saúde animal, a economia e o meio ambiente.
A forma de alta patogenicidade da Influenza Aviária é caracterizada principalmente pela alta taxa de mortalidade das aves, podendo estar acompanhada de sinais clínicos neurológicos, digestivos e/ou respiratórios, como dificuldade de locomoção, torcicolo, dificuldade respiratória e diarréia.
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