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O ataque hacker contra o ministro da Justiça, Sergio Moro, e integrantes da operação Lava Jato, também atingiu jornalistas. Segundo o jornal ‘O Globo’ a conta do repórter Gabriel Mascarenhas no Telegram foi alvo da ação de um hacker no dia 11 de maio.
O jornal afirma que o invasor se passou pelo jornalista e entrou em contato com procurador regional da República Danilo Pinheiro Dias. Na conversa, o criminoso disse que a Lava Jato estaria em risco e na sequência fez ameaças.
Passados dois dias da divulgação do ataque pelo site The Intercept, verifica-se que - ao menos por enquanto - nada do que foi revelado configura algum delito. Por outro lado, o único crime revelado pelo vazamento é o próprio vazamento.
Esta culpa, porém, não pode cair na conta dos jornalistas do The Intercept, que apenas fizeram seu trabalho. O criminoso é o hacker, não o jornalista. Jornalistas fazem uso da informação, não roubam dados, nem invadem a privacidade alheia. Se fizerem isso, não são jornalistas, são criminosos.
Em vídeo publicado nas redes sociais, o procurador Deltan Dallagnol, um dos alvos do ataque cibernético disse estar receoso de que “a atividade criminosa dele (hacker) avance para falsear a deturpar fatos neste imenso ataque a operação Lava Jato”. Ele está certo. A Lava Jato está sendo alvejada, mas para que ela sobreviva, é preciso que nada de criminoso seja comprovado contra a força-tarefa. O Brasil torce por isso.
Fique ligado!
Ainda neste mês... A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) analisa o pedido de liberdade do ex-presidente Lula, que alega a suspeição do ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sergio Moro. O julgamento será realizado no próximo 25.
Apresentado ainda no ano passado, quando Moro aceitou o convite para ser ministro de Jair Bolsonaro, o pedido ganhou ‘força’ com o vazamento das conversas entre Moro e membros da força-tarefa da Lava Jato.
O assunto no Congresso... O vazamento das mensagens pelo site The Intercept foi o tema central dos debates no parlamento nesta terça (11).
Governistas protestaram contra o vazamento da conversa e criticaram a oposição por, segundo eles, não aceitarem o resultado das eleições do ano passado. Os partidos de esquerda, por outro lado, pedem a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar o conteúdo das mensagens vazadas e o possível comprometimento das investigações contra o ex-presidente Lula.
Por unanimidade... O Congresso Nacional aprovou o Projeto de Lei (PLN) 4/19, que autoriza a abertura de crédito suplementar de R$ 248,9 bilhões para cobrir despesas correntes com dinheiro obtido por meio da emissão de títulos.
A aprovação evita que o governo descumpra a chamada ‘regra de ouro’, mecanismo constitucional que proíbe o governo de contratar dívida para bancar despesas correntes, como salários e benefícios sociais, como o bolsa-família, por exemplo.
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