LOC.: A Organização Mundial da Saúde (OMS) voltou a classificar a Mpox como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional. A medida visa intensificar a resposta global à nova variante Clado 1b, que tem se espalhado rapidamente. O médico infectologista César Omar explica sobre a nova variante e seus sintomas.
TEC./SONORA: César Omar Carranza, infectologista.
“E essa nova variante atual que chama a Clado 1B, ela tem mostrado algumas características que nós observamos com tanta frequência, elas além de acometer, dar esses quadros gerais com febre de linfonodos e pele, eles têm acometido mais órgãos internos como fígado e outros órgãos importantes, pelo qual essa doença atual desse ano, ela tem apresentado muito maior mortalidade e pelo que os cientistas comentam, ela tem se adaptado ao ser humano, pelo qual o contágio tem acontecido com mais facilidade do que se observava nas variantes anteriores a 2024.”
LOC.: A declaração de emergência global visa assegurar que os países coordenem esforços para controlar a doença. No Brasil, o Ministério da Saúde criou um Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para monitorar e gerenciar a situação. César Omar alerta sobre o risco da doença se espalhar.
TEC./SONORA: César Omar Carranza, infectologista.
“Existe o risco, sim, da Mpox se espalhar de forma mais ampla para outros grupos populacionais e para outros territórios. Ela inicialmente está sendo descrita com muito mais frequência na África, na República Democrática do Congo, mas já vários países próximos que fazem fronteira já estão relatando cada vez um maior número de casos. E esse risco se explica não só pela mobilidade e facilidade que as pessoas têm para se deslocar atualmente, mas também porque a transmissibilidade, a facilidade como a doença se transmite tem aumentado.”
LOC.: As principais medidas de prevenção incluem evitar contato com pessoas infectadas e manter uma higiene rigorosa. A vacinação foi autorizada temporariamente e a OMS está trabalhando para aumentar o acesso global às vacinas. O infectologista do Sabin Diagnóstico e Saúde, Claudilson Bastos, fala sobre as medidas preventivas e cuidados.
TEC./SONORA: Claudilson Bastos, infectologista.
“Com relação às medidas preventivas para monkeypox, nós temos que considerar a questão do contato físico para aqueles pacientes que apresentam lesões como vesículas ou como púlstulas ou como, enfim, infecções, lesões de pele, sejam elas na região genital, na década ou no corpo mesmo, mãos, braços, enfim. Então nesse caso eu preciso ter o contato a distanciamento. O uso de máscara também é importante porque transmite por gotículas, então precisa a gente ter cautela com relação a isso, usar máscara, álcool gel.”
LOC.: Embora a vacinação contra a Mpox esteja disponível de forma limitada, a OMS trabalha para ampliar o acesso global às vacinas. As autoridades seguem monitorando o avanço da doença, especialmente em áreas mais afetadas.
Reportagem Mireia Vitória.