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Data de publicação: 17 de Julho de 2021, 13:05h, atualizado em 19 de Julho de 2021, 00:26h
LOC.: Há alguns dias o presidente Jair Bolsonaro está internado para verificar a necessidade de uma cirurgia de emergência ou não. Bolsonaro foi internado em Brasília no dia 14 de julho após passar mais de 10 dias com soluços e, depois, sentir dores abdominais. Após realizar exames, ficou constatado que o presidente está com uma obstrução intestinal.
De forma resumida e simplificada, essa é uma condição gastrointestinal, ou seja, que ocorre no sistema digestivo (estômago, esôfago, intestino grosso, intestino delgado, cólon, reto e ânus). Nessa condição a comida digerida é impedida de passar normalmente pelo intestino.
Dentre alguns fatores que podem causar a obstrução intestinal, a mais comum é quando o paciente já foi submetido a algum tipo de cirurgia no abdome. Esse é o caso do presidente Bolsonaro, que precisou realizar cirurgia após sofrer um atentado durante a campanha eleitoral de 2018. É isso o que explica o médico coloproctologista e cirurgião geral, Marcos Tavares.
TEC./SONORA: Marcos Tavares, médico coloproctologista e cirurgião geral.
“Normalmente, esses pacientes já sofreram algum tipo de cirurgia abdominal, porque toda vez em que se abre a parede abdominal do paciente existe o risco de ter aderência. Isso significa que as alças intestinais ficam grudadas umas nas outras o que cria uma dificuldade da passagem da secreção intestinal, do próprio alimento e do bolo fecal. Isso acarreta a obstrução intestinal.”
LOC.: Depois que o presidente Jair Bolsonaro apresentou a obstrução intestinal, muitas pessoas passaram a se perguntar qual a melhor forma de evitar essa condição. De forma geral, a prevenção é manter uma vida saudável, mas que não impede de o problema surgir. O que pode ser feito é cuidar para que, quando ocorrer, não seja de uma forma grave. Para isso, deve ser feita uma dieta adequada, rica em fibras e líquidos, além da prática de atividade física regular.
TEC./SONORA: Marcos Tavares, médico coloproctologista e cirurgião geral.
“Hoje, com as cirurgias minimamente invasivas, o número de casos de aderência caiu porque a incisão é pequena, feita na parede abdominal nessas cirurgias minimamente invasivas. Isso facilita não ter complicações, não surgir a aderência. Mas não tem como descartar 100%, não tem como evitar.”
LOC.: O diagnóstico é feito a partir de uma consulta com um médico e a realização de exame de colonoscopia - que faz a captura de imagens do intestino grosso e da parte final do intestino delgado. Entre os principais sintomas estão: intestino preso; diarreia; falta ou diminuição do apetite; náuseas e vômitos; gases; dor e inchaço abdominal; febre alta (apenas em casos graves).