LOC.: O número de donas de negócios no Brasil alcançou uma marca inédita em 2022. Segundo o estudo realizado pelo Sebrae, a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE, no terceiro trimestre do ano passado havia 10 milhões e trezentas mil mulheres empreendedoras no país, o maior número da história.
Atuando há 25 anos no segmento metalúrgico, Giordania Tavares aprendeu muito do negócio acompanhando o pai, fundador da empresa e incentivador de sua carreira. Hoje, como exemplo de liderança feminina na construção civil, ela destaca que as mulheres devem estar cada vez melhor informadas.
TEC./SONORA: Giordania Tavares, CEO da Rayflex
“É um mundo muito mais masculino, a gente tem que estar sempre antenadas com todas as mudanças, principalmente no que a gente fala em requisitos técnicos. Eu cresci bastante como pessoa e como profissional depois que eu mudei a minha função para a liderança, eu aprendo muito hoje, consigo compartilhar e ensinar bastante, também”.
LOC.: A pesquisa aponta também que as mulheres conseguiram se recuperar da perda registrada no período da pandemia, quando a proporção de mulheres donas de negócios caiu ao pior nível, 33,4%, no segundo trimestre de 2020.
Para amenizar o efeito da pandemia, foi criado o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. O Pronampe busca facilitar o acesso ao crédito às empresas endividadas por causa das restrições provocadas pela Covid-19.
Uma medida provisória estendeu o prazo para pagamento do financiamento de 4 para 6 anos para essa linha de crédito e de 5 para 6 anos o prazo de pagamento nos casos em que a empresa contratante tenha sido reconhecida pelo governo federal com o selo Emprega + Mulheres. A MP foi aprovada neste mês pela Câmara dos Deputados.
A deputada federal Adriana Ventura, do partido Novo de São Paulo, defende o empreendedorismo feminino como um meio de transformação social.
TEC./SONORA: Adriana Ventura, deputada federal (Novo – SP)
“Empreendedorismo feminino primeiro é bom para dar autonomia financeira para as mulheres. As pessoas falam muito de violência, mas muitas vezes as violências acontecem porque a mulher não tem como sair de casa e depende de alguém por questões financeiras. Então falar de empreendedorismo, vai além de falar sobre subsistência, vai falar de combater também violência, dar autonomia para as pessoas”.
LOC.: A medida provisória agora está em análise no Senado Federal.
Reportagem, Landara Lima.