LOC.: O novo marco legal das ferrovias foi sancionado, com vetos, pelo presidente Jair Bolsonaro, na última semana (23). A medida pretende facilitar investimentos privados na construção de novas estradas de ferro, além de aproveitar trechos ociosos para melhorar a logística no país.
Bolsonaro vetou exigências documentais consideradas como não essenciais à obtenção das autorizações e retirou dispositivo que estabelecia preferência para as atuais concessionárias na obtenção de autorizações em sua área de influência.
O deputado federal Zé Vitor (PL-MG), que foi relator da medida na Câmara, entende que a nova Lei atrairá investimentos para aumentar a oferta de infraestrutura ferroviária e promover concorrência no setor.
TEC./SONORA: Zé Vitor, deputado federal (PL-MG)
“Para muitos é o renascimento das ferrovias, para outros é o fortalecimento, mas para muitos estados brasileiros é o surgimento das ferrovias. Nós temos, apenas na modalidade de autorização, prevista neste Marco Legal das Ferrovias, já oficialmente protocolados no Ministério da Infraestrutura, 47 pedidos, que significam mais de 12 mil quilômetros de ferrovia, mais de R$ 150 milhões em investimento, a presença de ferrovias em 15 estados brasileiros.”
LOC.: O deputado federal Paulo Ganime (NOVO-RJ), por sua vez, garante que a logística do modal vai ser melhorada, além de promover aumento de emprego e renda.
TEC./SONORA: Paulo Ganime, deputado federal (NOVO-RJ)
“O marco traz várias mudanças no modelo em que as empresas podem investir e operar as ferrovias, garantindo a possibilidade de mais investimentos, com maior expansão da malha ferroviária. Com a autorização, é a empresa quem toma a iniciativa. Ela passa, sim, por um processo de controle, mas isso torna o processo mais fácil, fazendo com que haja mais investimento no setor.”
LOC.: Com a nova Lei, será permitida a construção de novas ferrovias por autorização, como ocorre na exploração de infraestrutura em setores como telecomunicações, portuário e energia elétrica.
Reportagem, Marquezan Araújo