LOC.: O número de pessoas infectadas pelo coronavírus em Minas Gerais supera a marca de 4 milhões. Até o momento, mais de 65 mil pessoas morreram em decorrência da Covid-19, no estado. Dados do Ministério da Saúde também mostram que mais de 52,7 milhões de doses da vacina monovalente foram aplicadas entre a população mineira. Já em relação à bivalente, a quantidade de doses aplicadas é superior a 3 milhões.
Segundo o coordenador dos Programas de Vigilância de Doenças Transmissíveis Agudas do estado, Gilmar Rodrigues, essa cobertura vacinal representa apenas 17% da população do estado, o que causa certa preocupação.
TEC./SONORA: Gilmar Rodrigues, coordenador dos Programas de Vigilância de Doenças Transmissíveis Agudas de Minas Gerais
“Em relação à cobertura de vacinação, atualmente, esse é um cenário que precisa de um reforço em relação ao chamamento das pessoas que estão com seu esquema em atraso, principalmente considerando a disponibilidade da vacina bivalente, com um impacto maior nas variantes novas que estão circulando. Mas que boa parte da população não tem se mantido atualizada para esse esquema atualmente no estado. O que se esperava era uma cobertura maior e estamos em torno de 17% da população com dose da vacina bivalente, o que é um cenário de preocupação.”
LOC.: Entre os municípios do estado, o que mais aplicou doses da vacina contra a doença foi Belo Horizonte, com mais de 7 milhões referentes à monovalente, e 662 mil doses da vacina bivalente. O município de Uberlândia, por sua vez, aplicou mais de 1, 9 milhão de doses da vacina monovalente e 133 mil doses da vacina bivalente.
A infectologista Nathalia Nunes, que atua no estado, destaca que o número de casos de Covid-19 no estado têm aumentado.
TEC./SONORA: Nathalia Nunes, infectologista
“Quanto ao início do aumento do número de casos de Minas Gerais nas últimas semanas, a gente tem notado um aumento no registro de casos novos tanto no estado de Minas, quanto no resto do país. É diferente das outras doenças respiratórias, como o resfriado comum da influenza. Infelizmente a gente ainda não conseguiu identificar um padrão de sazonalidade, ou seja, uma época do ano em que a gente vai ter mais Covid-19.”
LOC.: O coordenador Gilmar Rodrigues explica que o estado tem adotado medidas, incluindo vigilância epidemiológica e monitoramento genômico. Segundo ele, essas ações envolvem dois processos, sendo um deles o acompanhamento epidemiológico com base nas notificações recebidas.
Reportagem, Nathália Maciel