LOC.: Todas as regiões do estado de Minas Gerais estão com problemas relacionados à falta de vacinas. É o que revela levantamento divulgado nesta sexta-feira (6) pela Associação Mineira de Municípios, a AMM. De acordo com a entidade, todos os municípios do estado relataram falta de algum tipo de vacina.
Segundo o presidente da AMM e prefeito de Coronel Fabriciano, Dr. Marcos Vinicius, o quadro é preocupante, uma vez que, caso não haja uma regularização da distribuição das vacinas aos municípios, pode haver surto de várias doenças.
TEC./SONORA: Marcos Vinicius, presidente da AMM e prefeito de Coronel Fabriciano
“A gente pode ter novamente um surto de sarampo, por exemplo. Isso não afeta só as pessoas adultas ou crianças, mas também o feto. Ou seja, a gestante contaminada de sarampo pode levar ao aborto. Os danos e as sequelas são muitos. São sequelas que não estamos acostumados. São 30 anos sem ouvir falar disso.”
LOC.: Ainda de acordo com o estudo, a falta da vacina contra a varicela, por exemplo, acontece em 93% dos municípios analisados.
Por meio de nota, o Ministério da Saúde respondeu que “mantém regular o envio de doses de vacinas para a Secretaria de Saúde de Minas Gerais. Foram distribuídas 4,8 milhões de doses das setes vacinas em questão ao estado.”
Também informou que, caso ocorra falta de vacinas em municípios específicos, a orientação é que “seja feita a redistribuição de doses dentro do território.” O subsecretário de Vigilância em Saúde de Minas Gerais, Eduardo Prosdocimi, afirma que a solução do problema não está necessariamente ligada à redistribuição das vacinas entre os municípios.
TEC./SONORA: Eduardo Prosdocimi, subsecretário de Vigilância em Saúde de Minas Gerais
“O que precisamos é de mais doses. Não há que se falar em deslocar doses. Precisamos ter o compromisso da entrega daquilo que foi planejado para atingirmos as metas de cobertura vacinal. Precisamos, de fato, que os procedimentos de compra e de contratação do ministério e as eventuais questões que os laboratórios estejam enfrentando sejam sanadas.”
LOC.: A pesquisa da AMM foi realizada com prefeitos e gestores de saúde, entre os dias 3 e 5 de setembro. O estudo ouviu 211 gestores de todas as regiões de Minas Gerais.
Reportagem, Marquezan Araújo