
Voltar
LOC.: O Novo Marco dos Defensivos Agrícolas traz "avanços importantes" para modernizar a legislação e incentivar a agricultura brasileira. A avaliação é da advogada Michele Lima. A especialista ressalta o foco na agricultura, a consolidação de legislações e a criação dos sistemas eletrônicos unificados de informação, petição e avaliação como principais pontos do texto aprovado e sancionado, com vetos, após 24 anos de debate.
TEC./SONORA: Michele Lima, advogada especialista em agronegócio
“A gente vai ter atualização de cadastros de utilização; a coordenação dos processos de registro pelo órgão registrante; a avaliação dos produtos com base em avaliação de risco; o estabelecimento de prazos razoáveis para avaliação e reanálise; e, principalmente, o aumento da responsabilidade de todos os agentes envolvidos na atividade. A gente vai ter punições muito maiores e muito mais severas.”
LOC.: O governo federal vetou 17 dispositivos da legislação aprovada no Congresso. O senador Luis Carlos Heinze, do PP do Rio Grande do Sul, é membro da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária. Ele entende que os vetos representam “uma trava ao desenvolvimento econômico do país” e que o Congresso vai derrubá-los. Heinze afirma ainda que o texto aprovado inicialmente proporciona mais competitividade à agricultura brasileira.
TEC./SONORA: senador Luis Carlos Heinze (PP-RS)
“Temos que modernizar o nosso sistema de análise e a aprovação dos defensivos. Veja que leva cinco, seis, dez anos para aprovar um defensivo agrícola no Brasil e favorece, muitas vezes, os cartéis. Enquanto que nos Estados Unidos e na Europa são cinco, seis meses no máximo para aprovar uma molécula nova. Aqui são seis, sete, dez anos. Uma agricultura pujante como é a nossa não pode ficar atrás dos países que são nossos concorrentes”
LOC.: A expectativa do setor produtivo é que, com a legislação atualizada, haja mais celeridade no processo de análise dos insumos, já que o prazo máximo cai de 36 para 24 meses. Fica proibido também o registro de produtos que apresentem riscos aos seres humanos e ao meio ambiente, além de multa que pode variar entre dois mil e dois milhões de reais, proporcionalmente à gravidade da infração. O valor é superior aos vinte mil reais previstos anteriormente.
Reportagem, Fernando Alves