Data de publicação: 01 de Outubro de 2019, 15:27h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:30h
O estado do Maranhão terá de qualificar 88.344 trabalhadores em ocupações industriais nos níveis superior, técnico, qualificação e aperfeiçoamento entre 2019 e 2023. Os dados são do Mapa do Trabalho Industrial, elaborado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e divulgado nesta segunda-feira (30).
De acordo com o estudo, as ocupações industriais que mais vão precisar de profissionais qualificados para atuar dentro e fora da indústria são mecânicos de manutenção e máquinas (2.328), trabalhadores de instalações elétricas (2.012), mecânicos de manutenção de veículos automotores (1.545) e eletricistas de manutenção eletroeletrônica (1.305)
O coordenador de Ações Estratégicas da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), José Henrique Polary, afirma que as empresas localizadas no estado vão contratar esses profissionais, desde que eles estejam preparados.
“A educação profissional é fundamental para o Maranhão. As empresas demandam muito a qualificação profissional e entendem que a mão de obra que é colocada no mercado por meio da educação formal está abaixo da demanda que o sistema produtivo precisa”, aponta.
De acordo com Polary, o SENAI promove a educação profissional no estado por meio de unidades fixas e móveis. Segundo o coordenador, as estruturas itinerantes levam a capacitação para o interior do estado, oferecendo oportunidades profissionais para a população dessas regiões.
“O SENAI tem um amplo portfólio de cursos e também atua naqueles municípios que não podem ser atendidos diretamente pelas unidades fixas, é aí que entram as unidades móveis”, completou.
Qualificação profissional
O setor da construção terá a maior demanda por profissionais formados em cursos de qualificação com carga horária inferior a 200 horas. Nos próximos quatro anos, 16.113 trabalhadores precisam estar capacitados para atuarem no estado.
A Marka Engenharia é uma empresa maranhense que atua no setor de construção civil, com obras industriais, residenciais, comerciais e de infraestrutura. O sócio-diretor da empresa, Edimilson Pires, defende que a capacitação profissional é o meio mais eficiente para que o segmento se mantenha aquecido, sobretudo porque os profissionais se mantêm atualizados.
“É muito importante que a gente tenha essa capacitação, essa formação de pessoal na área. Entendo que a formação é fundamental para garantir o futuro da construção civil”, defendeu.
O deputado federal Zé Carlos (PT-MA) salienta que, com o dinamismo da indústria, novas ocupações surgirão ao longo do tempo. Na avaliação do parlamentar, é com capacitação profissional que o setor vai acompanhar essas mudanças e continuar tendo relevância na economia do país.
“Haverá novas profissões que vão ser necessárias. E, fundamentalmente, a capacitação está inerente a isso. Nós temos que investir em capacitação. Toda empresa deve investir em capacitação”, pontua.
O Mapa do Trabalho Industrial mostra ainda que entre as ocupações que exigem cursos de qualificação e que mais vão demandar profissionais capacitados, estão as de coloristas (1.802) e técnicos em eletrônica (1.408).
Para quem tiver interesse em saber mais sobre uma dessas áreas, é só acessar o site fiema.org.br/senai ou comparecer a uma das unidades da instituição no estado. Mais informações podem consultadas pelo telefone (98) 3212-1800.