Ministério da Saúde
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Manaus registra 1.900 casos de sífilis em apenas um ano, aponta Ministério da Saúde

Além da sífilis, o estado do Amazonas registrou quase 680 casos de HIV, apenas nos seis primeiros meses do ano passado

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O crescente número de casos de sífilis em Manaus preocupa as autoridades: em 2017, foram mais de mil casos. Já em 2018, o número quase dobrou, passando para mais de 1.900 casos de sífilis na capital amazonense, conforme dados do Ministério da Saúde.

Além da sífilis, o estado do Amazonas registrou quase 680 casos de HIV, apenas nos seis primeiros meses do ano passado. Já a Aids, doença causada pelo HIV, atingiu quase 17.800 amazonenses, nos últimos 20 anos. As hepatites virais mataram mais de 1.300 amazonenses, de 2000 a 2017.

Os números mostram que, em um ano, em todo Brasil, mais de 158 mil pessoas contraíram sífilis. Além disso, cerca de 900 mil pessoas vivem com o HIV, no país. Dessas, 135 mil provavelmente não sabem que têm a doença.  De acordo com dados oficiais, a maioria dos casos de infecção pelo HIV é registrada na faixa de 20 a 34 anos, em todos os estados.

Evelyn Campelo, enfermeira da coordenação IST/Aids e Hepatites Virais do Amazonas, lembra que qualquer pessoa, diante da suspeita de infecção por ISTs, pode realizar testes rápidos e gratuitos nas Unidades Básicas de Saúde e, assim, evitar que as doenças sexualmente transmissíveis sejam transmitidas.  

Ela ressalta que o público mais vulnerável ao contágio pela sífilis em Manaus e em todo o país, são os homens jovens. 

“No Amazonas, temos um número superior de casos de sífilis diagnosticados do que de HIV. Então, a gente ainda precisa trabalhar muito a questão da testagem, principalmente entre homens. A gente percebe que os casos de sífilis diagnosticados tardiamente são muito mais frequentes em homens do que em mulheres.”

As autoridades em Saúde alertam que a negligência no uso da camisinha é um dos fatores que pode influenciar no aumento de infecção de sífilis e das demais ISTs, como hepatites, HIV e gonorreia, entre a população e, principalmente, entre os jovens de 15 a 29 anos, como ressalta diretor do Departamento de ISTs do Ministério da Saúde, Gerson Pereira.

“Se colocamos o jovem como prioridade nessa campanha é porque a gente sabe, olhando os dados de sífilis, das hepatites, do HIV/Aids, que essas doenças são mais frequentes, hoje, na população de 15 a 29 anos. A prevenção maior dessas doenças é o uso da camisinha.”

Este ano, o Ministério da Saúde pretende distribuir mais de 570 milhões de camisinhas. A quantidade representa um aumento de 12 por cento em relação ao número de camisinhas distribuídas no ano passado, quando foram enviadas 509,9 milhões aos estados.

Além disso, todas as unidades de saúde do SUS contam com testes rápidos ou laboratoriais para ISTs. Apenas para o diagnóstico da sífilis, serão distribuídos quase 14 milhões de testes rápidos em todo país.

Proteja-se! Usar camisinha é uma responsa de todos. Se notar sinais de uma infecção Sexualmente Transmissível (IST), procure uma unidade de saúde e informe-se. Saiba mais em: saude.gov.br/ist. Ministério da Saúde, Governo Federal. Pátria Amada, Brasil.

Arte: Ítalo Novais/Sabrine Cruz

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