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Data de publicação: 15 de Outubro de 2021, 00:35h, atualizado em 15 de Outubro de 2021, 12:51h
LOC.: Dados do IBGE revelam que, em 2020, o município maranhense de Cajari aumentou em 5,4% a receita com a extração de amêndoa de babaçu, totalizando mais de 250 mil reais em valor de produção.
O resultado é um alívio para as quebradeiras de coco locais, que utilizam a amêndoa para a fabricação de óleo de babaçu, insumo utilizado na produção de produtos de limpeza. É o que afirma a moradora do quilombo do Camaputiua, Maria Antônia dos Santos, de 68 anos.
TEC./SONORA: Maria Antônia dos Santos, quebradeira de coco
“Tiramos nosso sustento do coco. Lutamos muito por esse coco e não podemos deixar de lutar, porque sabemos o valor desse recurso. Com essa renda a partir do coco é que a gente sobrevive. Por isso lutamos, para que nunca se acabe o palmeiral na nossa comunidade.”
LOC.: Infelizmente, o óleo de babaçu tem perdido espaço no mercado para o óleo de palmiste, que tem origem na África. Por esse motivo, a CNI encabeçou a criação da Câmara Temática do Óleo de Babaçu, instalada pelo Ministério do Meio Ambiente. O deputado federal Pastor Gil (PL-MA) diz que a iniciativa é positiva e pode garantir o sustento econômico das quebradeiras de coco.
TEC./SONORA: Pastor Gil, deputado federal (PL-MA)
“Nossa luta no interior do estado vem sendo garantir o acesso das quebradeiras de coco babaçu, que mantêm uma tradição econômica do estado, e consegue o sustento tanto com a extração quanto com a produção em cooperativa de sabão, sabonete, azeite e até carvão.”
LOC.: De acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), a produção do óleo de babaçu caiu de 53 mil toneladas em 2010 para 22 mil toneladas em 2019, no Brasil. Já a produção do óleo de palmiste, no mundo, saltou de 5,75 milhões de toneladas para 8,9 milhões de toneladas no mesmo período, aponta o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
Reportagem, Marquezan Araújo