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LOC.: O Supremo Tribunal Federal confirmou que o auxílio-doença do INSS pode terminar automaticamente em até 120 dias, sem nova perícia médica. O Instituto também pode definir a data do fim do benefício, programando o retorno do trabalhador ao trabalho.
A chamada alta programada foi criada em 2017, mas havia sido questionada na Justiça. Uma decisão anterior havia suspendido a regra, alegando que o benefício só poderia acabar após nova perícia. O INSS recorreu ao Supremo, argumentando que o trabalhador ainda pode pedir a prorrogação do auxílio caso precise.
Especialista em Direito Previdenciário, Washington Barbosa explica:
TEC./SONORA: Washington Barbosa, especialista em Direito Previdenciário.
“Na verdade, você precisa constatar por meio de laudos, exames, que você não pode, não tem condições de trabalhar, ponto um, e você tem que entrar com pedido e fazer uma perícia médica. Nessa perícia médica, o perito vai analisar a documentação, vai analisar você e ele vai estabelecer o que a gente chama de data do início da incapacidade e data da cessação do benefício."
LOC.: Com a decisão, o INSS pode já definir o prazo de encerramento ao conceder o auxílio. Se o trabalhador ainda não estiver apto, deve solicitar prorrogação apresentando novos exames.
Barbosa destaca que a medida é constitucional e não compromete a dignidade ou segurança do segurado. O especialista destaca que a decisão não representa fragilização dos direitos.
TEC./SONORA: Washington Barbosa, especialista em Direito Previdenciário.
“O que o STF fez agora foi ratificar, confirmar as instruções internas do INSS e da Perícia Médica Federal que não tem problema, pode-se utilizar a cessação automática. Ela é válida, ela é constitucional, ela não traz nenhuma afetação à sua dignidade, à sua segurança em absoluto.”
LOC.: O julgamento foi unânime, em plenário virtual. O relator, ministro Cristiano Zanin, disse que a decisão organiza a gestão do benefício sem mudar a proteção prevista na Constituição. Por ter repercussão geral, a regra vale para todos os casos semelhantes no país.
Com informações da Agência Brasil, reportagem, Mariana Ramos