Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Iniciativa do MinC leva às universidades os conhecimentos de mestres e mestras da cultura popular

Iniciativa leva ao ensino universitário o conhecimento dos mestres e mestras das culturas tradicionais e populares


Uma iniciativa do Ministério da Cultura vai levar ao ensino universitário o conhecimento ancestral dos mestres e mestras das culturas tradicionais e populares. Isso se dará por meio de uma parceria que acaba de ser formalizada entre o MinC e diferentes universidades, com o intuito de reconhecer a importância desses conhecimentos no processo de ensino-aprendizagem.

É o Consórcio Notório Saber, que tem origem em um Termo de Execução Descentralizada  entre o Ministério da Cultura e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE)

O consórcio reúne ainda a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira Ceará (Unilab), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade de Brasília (UnB)

O objetivo é incluir os indivíduos de profundo conhecimento ancestral nas instituições de ensino superior e nos institutos federais. O professor universitário do IFCE, Aterlaine Martins, também coordenador do consórcio, esclarece como vai funcionar: 

“Os mestres farão disciplinas com professores, farão pesquisa com os pesquisadores da universidade, e também processos de extensão, levando os estudantes, professores e técnicos para os seus territórios, para que a gente possa, de fato, compartilhar esses saberes, o acadêmico e o popular. E assim, teremos um conhecimento mais engrandecido.” 

A temática é de grande importância no contexto atual das mudanças do clima. A sociedade tem buscado o conhecimento dos antepassados como estratégia para pensar caminhos para um mundo justo e sustentável para todos. 

“O MinC está nesta tarefa de trabalhar junto com as universidades, para incluir os conhecimentos tradicionais como componente curricular na grade curricular. Mas, sobretudo, de incluir os mestres e as mestras como educadores dentro do espaço onde acontece a educação”, acrescenta o diretor de Promoção das Culturas Tradicionais e Populares do MinC, Tião Soares.
 
Dessa forma, o consórcio vai promover o reconhecimento e o mérito do saber ancestral, unindo o que é ensinado na universidade com as práticas e tradições transmitidas de geração em geração. A ação é celebrada pela mestra do saber do Quilombo do Cedro, de Mineiros, em Goiás, Luceli Moraes Pio.

“Pra gente é de grande importância poder estar dentro da universidade também, fazendo parte desse corpo com uma linguagem diferente, porque o nosso modo de ensinar é diferente da metodologia da universidade. A gente ensina os valores do meio ambiente – principalmente na minha área que é da área da medicina tradicional –, o respeito com a mãe natureza, o respeito com o cerrado”, diz Luceli.

A expectativa do Ministério da Cultura é de que o Consórcio Notário Saber venha aproximar, compartilhar conhecimentos e permitir que os saberes dos mestres e mestras estejam de igual modo dentro do contexto da academia e da sociedade.

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LOC.: A iniciativa de reconhecer os conhecimentos tradicionais e populares no processo de ensino-aprendizagem ganha força no Brasil. O Ministério da Cultura acabou de formalizar uma parceria com diferentes universidades para desenvolver um projeto voltado ao tema. 
 
É o Consórcio Notório Saber, que tem origem em um Termo de Execução Descentralizada  entre o Ministério da Cultura e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). 
 
O consórcio reúne ainda a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira Ceará (Unilab), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade de Brasília (UnB).  

O objetivo é incluir os indivíduos de profundo conhecimento ancestral nas instituições de ensino superior e nos institutos federais. O diretor de Promoção das Culturas Tradicionais e Populares do MinC, Tião Soares, explica: 
 

LOC./SONORA: TIÃO 

“O Ministério da Cultura está nesta tarefa de trabalhar junto com as universidades, o Ministério da Educação, para incluir os conhecimentos tradicionais como componente curricular na grade curricular. +  mas sobretudo de incluir os mestres e as mestras como educador dentro do espaço onde acontece a educação.” 
 


LOC.: A temática é de grande importância no contexto atual das mudanças do clima. A sociedade tem buscado o conhecimento dos antepassados como estratégia para pensar caminhos para um mundo justo e sustentável para todos. 
 
O professor universitário do IFCE, Aterlaine Martins, também coordenador do consórcio, esclarece como vai funcionar: 

TEC./SONORA: ATERLAINE 

“Os mestres farão disciplinas com professores, os mestres farão pesquisa com os pesquisadores da universidade, os mestres farão também processos de extensão, levando os nossos estudantes, os nossos os professores e os nossos técnicos para os seus territórios, para que a gente possa, de fato, é compartilhar esses saberes, esses conhecimentos que são o conhecimento acadêmico e o conhecimento popular. E assim, a gente tem um conhecimento mais engrandecido.” 
 


LOC.: Dessa forma, o consórcio vai promover o reconhecimento e o mérito do saber ancestral, unindo o que é ensinado na universidade com as práticas e tradições transmitidas de geração em geração.

A ação é celebrada pela mestra do saber do Quilombo do Cedro, de Mineiros, em Goiás, Luceli Moraes Pio:

TEC./SONORA: MESTRA LUCELI 

“Para gente é uma importância grande sabe, da gente poder estar dentro da universidade também, fazendo parte desse corpo com uma linguagem diferente + 
porque o nosso modo de ensinar é uma metodologia diferente da metodologia da universidade, porque a gente ensina os valores, tanto do meio-ambiente, valores, principalmente na minha área que é da área da medicina tradicional, o respeito, né, com a mãe natureza, o respeito com o cerrado.” 

 


LOC.: A expectativa do Ministério da Cultura é de que o Consórcio Notário Saber venha aproximar, compartilhar conhecimentos e permitir que os saberes dos mestres e mestras estejam de igual modo dentro do contexto da academia e da sociedade.