Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Inflação pressiona a cesta de “produtos juninos”

“Inflação junina” está na contramão da desaceleração de demais alimentos e registra aumento de 11,41%

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Os preços dos ingredientes dos principais pratos tradicionais das festas juninas aumentaram, em média, 11,41% nos últimos 12 meses.

Este resultado está na contramão da inflação registrada por outros alimentos. A inflação, medida pelo IPC-S, está desacelerada e registrou aumento de apenas 3,75% no mesmo período. 

Para o período das festas do mês de junho, o levantamento realizado pela Fundação Getúlio Vargas, a FGV, considerou 27 itens alimentícios da cesta do Índice de Preço ao Consumidor (IPC/FGV). 

Destaca-se que o preço do fubá de milho subiu 42,48% nos últimos 12 meses, sendo a alta mais expressiva da cesta, enquanto os ovos, a farinha de trigo e o leite subiram 29,79%, 17,33% e 13,21%, respectivamente. 

Apenas o açúcar refinado e a batata inglesa tiveram queda no preço. A queda do açúcar refinado foi de 2,16% em 12 meses e a batata inglesa 18,93%. 

Porém, vale ressaltar que a batata inglesa havia tido aumento de 71,35% nos 12 meses imediatamente anteriores. Ainda assim, a atual queda ajuda a diminuir a pressão do orçamento das famílias. 

Também subiram acima da média  farinha de mandioca (38,75%),  milho em conserva (34,59%), milho de pipoca (34,15%), batata doce (32,11%), leite  condensado (27,82%), queijo minas (21,65%), leite de coco (15,80%), maçã (14,61%),  aipim/mandioca (14,21%) e bolo pronto (13,29%).

Segundo o especialista da FGV, 70% da “cesta junina” registrou aceleração de preços, o que mostra que a menor inflação do grupo de alimentos na economia ainda está pequena. Alguns problemas sazonais se relacionam a este aumento acima do esperado pelos alimentos juninos, como é o caso do milho e do leite, que iniciam a entressafra apenas no inverno. 

Parte da alta dos itens juninos ocorre pela ausência de produtos que possam substituir aqueles mais tradicionais nas receitas. A dica é driblar os alimentos mais caros e buscar marcas menos conhecidas no mercado, comprando em atacados para conseguir descontos maiores, aponta o especialista da FGV. 

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