LOC.: Dois novos casos de gripe aviária foram registrados no Brasil, segundo o Ministério da Agricultura. Desde maio de 2023, o país já contabiliza 151 casos da doença em animais silvestres.
Todos os casos encontrados desde o ano passado foram detectados em aves silvestres, ou seja, longe das cadeias produtivas. Os mais recentes foram no Rio Grande Sul e no estado do Rio de Janeiro. Para Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), os novos casos são iguais aos outros mais de cem que apareceram em 2023, mas é preciso estar atento, pois a doença não acabou e os cuidados devem continuar.
TEC/SONORA: Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA)
“Os cuidados são aqueles básicos. Primeiro: da higienização das pessoas que estão em contato direto com as fazendas e com os animais. Além disso, é importante trocar calçados antes de entrar no aviário e não entrar com a mesma roupa que você estava do lado de fora. Lavar bem as mãos e revisar o telamento, que são as telas que protegem os aviários também é fundamental.”
LOC.: Santin ainda ressalta que é fundamental evitar o contato de animais domésticos com as aves. Para os veículos que entram nas granjas vale tomar o cuidado conhecido como o pedilúvio — que é a higienização das rodas dos veículos que entram nesses locais de criação. E, acima de tudo, evitar qualquer visita desnecessária às granjas — essas visitas devem estar restritas aos técnicos e trabalhadores do local.
Segundo a coordenadora do Centro de Reabilitação de Animais Marinhos do Instituto Argonauta, Carla Barbosa, desde o ano passado — quando os primeiros casos de gripe aviária chegaram ao Chile e ao Uruguai — as aves marinhas brasileiras vêm sendo monitoradas. A preocupação era que a doença entrasse no país pelo Sul, o que não aconteceu.
TEC/SONORA: Carla Barbosa, coordenadora do Centro de Reabilitação de Animais Marinhos do Instituto Argonauta
“Hoje estamos ainda em observação das aves, acompanhando todas as aves — principalmente as migratórias — mas também as aves reincidentes, para poder acompanhar o andamento do vírus e saber como ele está se comportando.”
LOC.: Vale lembrar que segundo o Ministério da Agricultura e Organização Mundial de Saúde (OMS) não há registros de contaminação de gripe aviária a partir do consumo de frango ou ovos devidamente preparados. E até hoje, nenhum caso da doença foi registrado em humanos no Brasil.
Reportagem, Lívia Braz