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Segundo o Ministério da Saúde, as mudanças no sistema imunológico, circulatório e pulmonar durante a gestação tornam as mulheres grávidas mais suscetíveis às complicações causadas pela gripe. A gripe em gestantes pode levar à hospitalização, problemas para o feto em desenvolvimento e, em casos mais graves, até favorecer que o parto ocorra de forma prematura.
O Ministério da Saúde informa, ainda, que a elevação da temperatura na gestante pode causar lesões no feto. Estudos demonstram que a vacinação de mulheres grávidas contra a gripe reduz pela metade o risco de infecção respiratória aguda e em 40% o risco de hospitalização.
A vacinação de gestantes e mães no pós-parto também protege os fetos e os recém-nascidos, já que os anticorpos contra o vírus Influenza são transmitidos na gestação e na amamentação. Quem explica é o presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri.
“Quando nós vacinamos a grávida – e a grávida está incluída nos grupos prioritários para receber a vacina da gripe -, os anticorpos e as defesas que a mãe produz ao receber a vacina são transferidas também para o bebê, protegendo o primeiro semestre de vida. Então, duas coisas muito importantes para prevenir a gripe na criança pequena: vacinar a gestante para a gripe durante a gravidez e o aleitamento materno. Desta maneira conseguimos proteger os bebês pequenos contra a gripe.”
Gestantes e mães no pós-parto estão incluídas na terceira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, que tem início no dia 9 de maio e termina no dia 22 do mesmo mês. Nesta etapa também serão imunizados professores, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, pessoas com 55 anos ou mais e pessoas com deficiência.
A segunda etapa da campanha teve início no dia 16 de abril e inclui os membros das forças de segurança e salvamento, doentes crônicos, caminhoneiros, motoristas e cobradores de transporte coletivo, portuários e população indígena.
O Ministério da Saúde comprou 79 milhões de vacinas contra Influenza. A vacina, composta por vírus inativo, protege contra os três tipos mais comuns da doença na América do Sul: o Influenza A (H1N1), o Influenza A (H3N2) e o Influenza B. A coordenadora-geral do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Francieli Fontana, explica que a imunização é a forma mais eficiente de combater a gripe.
“A vacinação contra o Influenza é considerada uma das principais medidas de combate à doença e às suas complicações. Esta vacina que nós estamos disponibilizando oferece imunidade às três cepas mais prevalentes, que circulam em qualquer estação. A melhor maneira de reduzir as chances de adquirir Influenza grave e de transmitir para outras pessoas é a vacinação.”
No total, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe vai distribuir 79 milhões de doses para mais de 41 mil postos de vacinação em todo o Brasil. Em caso de fila nos postos de vacinação, mantenha distância de pelo menos 2 metros dos demais, principalmente idosos. E, para mais informações sobre a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, acesse: saude.gov.br/vacinabrasil.
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