Data de publicação: 09 de Novembro de 2022, 21:00h, atualizado em 10 de Novembro de 2022, 13:28h
LOC.: Gal Costa, um dos maiores ícones da música popular brasileira e uma dos representantes do Tropicalismo, morreu nesta quarta-feira (9), aos 77 anos. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da cantora. Embora a causa da morte ainda seja desconhecida, ela estava em recuperação após retirar um nódulo da fossa nasal direita.
Nascida Maria da Graça Costa Penna Burgos, no dia 26 de setembro de 1945, em Salvador, na Bahia, Gal começou a cantar ainda na adolescência, em festas escolares. Em 1968, a cantora caiu nas graças do público brasileiro, quando gravou o álbum “Tropicália”, em parceria com Caetano, Os Mutantes e Gilberto Gil. O historiador Frederico Tomé destaca que Gal iniciou a carreira em um momento difícil, em um contexto de tensões políticas no Brasil, quando aconteceu o golpe militar.
TEC./SONORA: Frederico Tomé, historiador
“É inaugurando, assim, uma ditadura, que até então, não sabia que duraria 21 anos. Seus parceiros mais próximos foram presos, exilados, e de certa maneira, Gal Costa levou adiante aquilo que seu grupo de amigos se propôs a fazer, né? A tropicália”.
LOC.: Tropicália foi um movimento que lutou contra a ditadura por meio da arte e da música, no qual Gal Costa foi um dos nomes de destaque. De acordo com o especialista, a artista não foi um grande nome apenas por conta da voz, mas também pelo comportamento. A cantora não fugiu de suas responsabilidades como cidadã e sempre se posicionou à frente de temas polêmicos.
TEC./SONORA: Frederico Tomé, historiador
“Contribuiu muito para uma afirmação da mulher no cenário musical, no cenário político, no cenário social brasileiro. É uma perda irreparável”.
LOC.: Com 57 anos de carreira, Gal Costa se consolidou como uma das protagonistas do MPB e não parou de produzir músicas desde então, com mais de 40 álbuns lançados entre discos de estúdio e ao vivo.
Reportagem, Nathália Guimarães.