LOC.: Um dos mais importantes setores da economia brasileira, o agronegócio pode ultrapassar os 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do País em 2023, segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Com a aceleração da transformação digital no campo, surgem mais oportunidades para reinventar a operação agrícola.
O agronegócio foi o segundo setor que mais criou postos de trabalho no primeiro semestre de 2022, ficando atrás apenas dos serviços, de acordo com o Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia. Para o assessor técnico do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) Caio Vasconcelos, o profissional do futuro precisa estar adaptado e qualificado para atuar com a aplicação de tecnologias.
TEC./SONORA: Caio Vasconcelos -assessor técnico do Senar
“É uma tendência, observarmos a grande maioria das empresas do meio rural se utilizando de óculos de realidade virtual, se utilizando de modelos tecnológicos que venham a otimizar o seu sistema produtivo. Aquele profissional que pretende ter um bom desempenho no futuro, ele tem que estar engajado junto a essas tecnologias, com foco no aprimoramento produtivo e no desenvolvimento consistente das atividades rurais.”
LOC.: O CEO & Fundador de uma empresa de recrutamento especializado em agronegócio, André Ceruz, observa que os profissionais do agro do futuro devem se atentar para aspectos importantes para quem deseja realizar um bom trabalho.
TEC./SONORA: André Ceruz - CEO & Fundador da AGROSearch
“Se avançou muito em tecnologia, mas na área de recursos humanos por uma característica própria do agro, as faculdades do agronegócio são extremamente técnicas e quando vem para esse mercado que necessita performance, eficiência, você forma muita gente técnica, mas de fato, que chegam a suprir as necessidades desse momento do mercado, que não é só técnica, mas muita gestão, muito acompanhamento, gestão de pessoas, gestão de negócios, você tem uma deficiência da disponibilidade dessa mão de obra.”
LOC.: O engenheiro agrônomo e gestor de desenvolvimento de negócios de uma startup brasileira focada no agronegócio, Fábio Villela, destaca que para evoluir, a propriedade agrícola precisa se adaptar, melhorar processos e aplicar novas ferramentas.
TEC./SONORA: Fábio Villela - Engenheiro Agrónomo e Gestor do Departamento de Negócios da PerfectFlight
“o agricultor de médio, grande porte que não olhar para isso e não utilizarem essas ferramentas, estão cada vez mais sujeitos a perderem as suas margens que são cada vez menores. Quem não mede não controla. Então esse agricultor vai precisar dessas ferramentas para cada vez mais medir e ajeitar, saber onde que ela perde, para perder menos, saber onde ela ganha, para ganhar mais, e cada vez mais ter esse giro e pensar sempre em expansão”
LOC.: O salário médio na agricultura, pecuária, produção de florestas e pesca é de três mil e quinhentos reais, mais que o dobro da média nacional de mil e quinhentos reais, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Previdência.
Reportagem, Landara Lima.