Foto: Divulgação/MIDR
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Força-tarefa volta ao Rio Grande do Sul para acelerar medidas em apoio à população afetada pelo ciclone

Liderada pelo ministro Waldez Góes, equipe do Governo Federal discutiu ações em áreas como habitação, acesso a crédito, fomento rural, saúde, educação e assistência social, entre outras


O Governo Federal segue apoiando os municípios do Rio Grande do Sul afetados pela passagem de um ciclone extratropical no início de setembro. Nesta quinta-feira (28), a força-tarefa interministerial criada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez nova visita ao estado, desta vez à cidade de Lajeado, no Vale do Taquari, região mais atingida pelo desastre. Coordenada pelo ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, a equipe participou de diversas reuniões, que trataram de temas como acesso a crédito, educação, saúde, assistência social, fomento rural, habitação, agricultura e movimentos sociais, entre outros.

"Essas reuniões têm sido fundamentais para eliminar burocracias, tomar decisões eficazes e garantir uma resposta coordenada entre os governos federal, estadual e municipal", afirmou o ministro Waldez Góes. “Em um esforço conjunto, conseguimos reunir representantes da indústria, comércio, agricultura familiar, saúde, educação e assistência social para avaliar os estragos causados pelos ciclones e discutir planos de recuperação para que as cidades possam retomar a normalidade”, completou.

Um dos encontros foi com representantes dos comitês de gerenciamento de bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul. “É essencial que haja sincronia entre o Governo Federal e estadual na gestão da água, tanto para consumo humano quanto para a indústria, a produção de alimentos e outros usos previstos nas outorgas", salientou, considerando os desafios climáticos como o El Niño e a estiagem em outras regiões do país.

Além de Waldez Góes, integraram a comitiva federal nesta quinta-feira a primeira-dama Janja Lula da Silva, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta; o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira; e o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias; além de representantes de outros ministérios e órgãos federais. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, também participou dos encontros.

Moradias

A força-tarefa também se reuniu com prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais e senadores gaúchos, além de representantes do governo estadual. O objetivo foi alinhar informações e discutir questões habitacionais para enfrentar os desafios iminentes e minimizar o sofrimento da população.

“Muitos municípios já cadastraram terrenos que atendem os critérios de segurança, os critérios que hoje as mudanças climáticas desafiam. Então, é preciso que a gente observe isso, mas é importante saber que trabalhar em três mãos ganha muito tempo. Estamos trabalhando para estarmos à frente de qualquer situação burocrática. Uma coisa é a gente atender as regras legais, a outra é a gente ficar distante”, ressaltou Waldez Góes.

Segundo o ministro, as moradias que serão construídas para famílias que perderam suas casas com o desastre não entrarão na meta prevista para o Rio Grande do Sul pelo Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV).

“Criado pelo presidente Lula, esse programa tem um número já determinado de moradias para diminuir o déficit habitacional em cada estado brasileiro. E é importante deixar claro que as ações habitacionais de resposta ao desastre sofrido pela sociedade gaúcha não vão diminuir em nenhuma casa a meta proposta pelo PMCMV no déficit habitacional”, afirmou Waldez. “É um recurso a ser colocado à disposição para resolver os problemas de quem perdeu casas ou precisa reformar, independente da meta do programa. Ou seja, habitação a mais para resolver problemas do desastre”, completou o ministro.

Planos de contingência

Waldez Góes destacou, ainda, a importância de que os municípios gaúchos elaborem planos de contingência para minimizar o impacto de futuros desastres. “A magnitude do impacto dos ciclones é evidente, com quase 400 mil pessoas atingidas no Rio Grande do Sul nos últimos eventos climáticos”, afirmou. "Ainda tem previsibilidade, neste ano, de acontecer novos eventos e é importante que estejamos todos preparados", completou

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) aponta que uma massa de ar frio na Região Sul fará com que as temperaturas caiam até a noite desta sexta-feira (29) no Rio Grande do Sul. No sábado (30), as pancadas de chuvas devem retornar em quase todo o estado. Já no domingo, a previsão é que o sol volte a aparecer.

Crédito

O presidente Lula assinou, na quarta-feira (27), duas Medidas Provisórias (MPs) que autorizam empréstimos de até R$ 1 bilhão, em recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), para ajudar a recuperar a economia dos municípios gaúchos afetados pelo ciclone. O crédito é voltado a empresários e produtores rurais que tiveram perdas materiais em cidades que decretaram estado de calamidade pública. Saiba mais aqui.

Além dessa linha de crédito, o Governo Federal anunciou repasses de R$ 741 milhões para atendimento aos municípios atingidos, dos quais R$ 185 milhões serão destinados pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR).

O Governo Federal autorizou, ainda, a liberação de R$ 600 milhões em valores do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para 354 mil trabalhadores da região que têm recursos no fundo de garantia.

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LOC: O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, o MIDR, autorizou o repasse de mais de quatro milhões e oitocentos mil reais a seis cidades do Rio Grande do Sul afetadas pelo ciclone.

 

Estão na lista os municípios de Marau, Arroio do Meio, Cruzeiro do Sul, Vanini, Bento Gonçalves e Bagé.

 

Até o momento, já foram destinados pelo MIDR mais de 19 milhões a 34 cidades gaúchas afetadas pelo desastre.

 

O ministro Waldez Góes explica como os recursos podem ser aplicados.

 

SONORA WALDEZ GÓES

 

"Os recursos da Defesa Civil podem ser empregados naquele primeiro momento que acontece o desastre pra fazer assistência humanitária, pra dar kits de higiene, alimentação para as pessoas que foram atingidas, que enfrentam as consequências daquele desastre, bem como pra restabelecimento dos serviços essenciais, como, por exemplo, abastecimento de água e desobstrução de vias públicas. Além disso, nós também podemos utilizar o os recursos da Defesa Civil pra fazer reconstrução de infraestruturas públicas destruídas pelo desastre ou ainda de habitações destruídas pelo desastre”

 

LOC: O Governo Federal vai repassar mais de 740 milhões para as cidades afetadas pelo ciclone. Desse total, 185 milhões serão destinados pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

 

Para saber mais sobre as ações do Governo Federal em proteção e defesa civil, acesse http://mdr.gov.br .

 

Reportagem, Gabriela Sant'Anna