LOC.: Os Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs) serão abertos ao público em geral em abril deste ano. A alteração aconteceu após a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) anunciar um novo marco regulatório que cria regras para democratizar e atrair mais investidores para o fundo de investimentos.
O especialista em Direito Bancário e Recuperação de Crédito, Benito Conde, explica que os FIDCs foram criados em 2001 como um fundo de investimento que oferece capital de giro através da securitização de recebíveis de uma empresa, como aluguéis, cheques e valores parcelados no cartão de crédito.
TEC./SONORA: Benito Conde, especialista em Direito Bancário e Recuperação de Crédito
“Em resumo, uma empresa que tem algum tipo de crédito a receber e repassa um um valor menor para um fundo de investimento, que é o FIDC, cujas cotas serão negociadas aos investidores no mercado.”
LOC.: Antes, os FIDCs eram restritos aos chamados investidores qualificados como profissionais, que possuíam, no mínimo, R$ 1 milhão em aplicações financeiras, confirmado por termo assinado, ou certificação da CVM. A democratização desse fundo ajuda a trazer mais diversificação e segurança para os portfólios dos investidores.
TEC./SONORA: Benito Conde, especialista em Direito Bancário e Recuperação de Crédito
“O FIDC por ser um produto de investimento de renda fixa com rentabilidade atrativa, ajudará também as empresas a conseguirem maior demanda dos fundos aquisição de direitos creditórios, o que vai possibilitar mais ainda a obtenção de capital de giro por essas empresas.”
LOC.: Apesar das vantagens, os FIDCs são arriscados e é importante aplicar o investimento com cautela. Como o risco de crédito é alto, os consumidores podem atrasar o pagamento ou sequer pagarem a dívida, resultando em uma diminuição de ganhos dos títulos de direitos creditórios.
Reportagem, Nathália Guimarães.