Foto: Divulgação/Brasil Mineral
Foto: Divulgação/Brasil Mineral

Exportações de sucata ferrosa caem 27,5% em 2022

As exportações foram afetadas pela fragilidade dos negócios no exterior em função da guerra na Ucrânia

ÚLTIMAS SOBRE ECONOMIA


Segundo dados do Ministério da Economia, Secex, as exportações de sucata ferrosa somaram 21.553 toneladas em dezembro de 2022, uma queda de 60% na comparação com o mesmo mês do ano anterior (54.170 toneladas). As vendas externas totais do último ano alcançaram 369.305 toneladas, 27,5% a menos quando comparadas às 509.355 toneladas no mesmo período de 2021. As exportações foram afetadas pela fragilidade dos negócios no exterior em função da guerra na Ucrânia, paralisação de usinas, portos e redução das compras pelos países asiáticos.

As vendas externas apresentaram instabilidade e forte declínio em alguns meses no ano de 2022, e a demanda fraca no mercado interno também não ajudou as empresas que comercializam a sucata ferrosa. “A crise de energia na Europa, provocada pela guerra na Ucrânia, foi determinante para reduzir as exportações. Para agravar o quadro, também no Brasil a demanda e preços da sucata se mantiveram em baixa quase o ano todo”, disse Clineu Alvarenga, presidente do Instituto Nacional da Reciclagem (Inesfa). Para a agência americana S&P Global Platts, a expectativa é que os preços melhorem a partir da terceira semana de janeiro. “Nossa estratégia de estocagem de material continua, disse um reciclador”.

Em 1º de janeiro, o governo Lula anunciou a revogação e revisão do programa Recicla+, instituído na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. O programa consistia em um Certificado de Crédito de Reciclagem destinado à geração de notas fiscais de venda de recicláveis junto a entidades gestoras, que emitiam o crédito após verificação de lastro fiscal e material. O programa, antes conhecido como Pró-Catador (no governo anterior de Lula), visava o desenvolvimento social e profissional dos catadores. A revogação do decreto ocorreu após conversas de Lula com os catadores na ExpoCatadores, em dezembro de 2022, promovida pela Associação Nacional de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (Ancat), entre outras representações da classe dos catadores. A iniciativa de revisão da política foi vista como positiva pelo setor, já que o Recicla+ “foi formulado após ouvir apenas um lado, as indústrias”.

Receba nossos conteúdos em primeira mão.

LOC: De acordo com dados do Ministério da Economia, Secex, as exportações de sucata ferrosa somaram 21.533 toneladas em dezembro de 2022, uma redução de 60% quando comparadas ao ano anterior, em que o total foi de 54.170 toneladas. No último ano, as vendas externas totais alcançaram 369.305 toneladas, o que representa 27,5% a menos em comparação ao mesmo período de 2021, quando somou 509.355 toneladas. Esse é um dos impactos globais da guerra da Ucrânia. As exportações foram afetadas pela fragilidade dos negócios no exterior com a paralisação de usinas e portos e com a redução das compras pelos países asiáticos.

Em alguns meses de 2022, as vendas externas apresentaram instabilidade, forte queda e baixa demanda no mercado interno. Fatores que não colaboraram para a comercialização de sucata ferrosa. Em entrevista para o Brasil Mineral, o presidente do Instituto Nacional da Reciclagem (Inesfa), Clineu Alvarenga, explicou que esse cenário está relacionado com a crise de energia na Europa, provocada pela guerra na Ucrânia, o que foi determinante para reduzir as exportações. O presidente do Inesfa reforçou ainda outro fator agravante na queda da comercialização de sucata ferrosa: as demandas e preços da sucata, que permaneceram em baixa por quase todo o ano.

LOC: Para a agência americana S&P Global Platts, a expectativa é que os preços melhorem a partir da terceira semana de janeiro. A estratégia da agência tem sido manter a estocagem de material.

Em 1º de janeiro, o governo Lula anunciou a revogação e revisão do programa Recicla+, instituído na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. O programa consistia em um Certificado de Crédito de Reciclagem destinado à geração de notas fiscais de venda de recicláveis junto a entidades gestoras, que emitiam o crédito após verificação de lastro fiscal e material. O programa, antes conhecido como Pró-Catador (no governo anterior de Lula), visava o desenvolvimento social e profissional dos catadores. A revogação do decreto ocorreu após conversas de Lula com os catadores na ExpoCatadores, em dezembro de 2022, promovida pela Associação Nacional de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (Ancat), entre outras representações da classe dos catadores. A iniciativa de revisão da política foi vista como positiva pelo setor, já que o Recicla+ tinha sido formulada após ouvir apenas um lado, as indústrias.

Com informações da Revista Brasil Mineral, reportagem, Karina Chagas