Data de publicação: 22 de Agosto de 2023, 14:15h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:26h
O mercado financeiro subiu as expectativas de inflação, medidas pelo Índice de Preço ao Consumidor (IPCA). De acordo com dados do Boletim Focus, a projeção é de 4,90% para 2023.
O IPCA é considerado o índice oficial que mensura a inflação brasileira.
Para 2023, a meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 pontos percentuais (p.p), para cima, ou para baixo. Portanto, a expectativa de inflação ainda permanece acima da meta.
A projeção do dólar em relação ao real também subiu, pela segunda semana seguida. A moeda é cotada a R$4,95 para 2023.
No PIB, a projeção se manteve estável em comparação à semana anterior. A projeção de crescimento do PIB para 2023 é de 2,29%.
De maneira conjunta, as projeções de IPCA, PIB e Câmbio divulgados nesta semana indicam um cenário positivo da economia brasileira em 2023.
A projeção da taxa de juros básica da economia, a Selic, manteve-se em 11,75%, desde a semana anterior. Para 2024, a projeção é de 9,00% e, 2025, 8,50%.
O IGP-M, principal índice para reajuste de aluguel do país, projeta variação negativa de 3,43%, e representa deflação. Esta semana apresentou a primeira alta do índice, após uma sequência de dezoito quedas semanais desde o início de abril de 2023.
O IPCA Administrados, que representa serviços e produtos com reajustes definidos por contratos ou regulados pelo setor público, teve sua quarta alta consecutiva. O índice se encontra no patamar de 9,93%.
As informações foram divulgadas pelo Banco Central nesta semana. Segundo o Banco: “As informações são provenientes do Relatório Focus e resumem as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. Ele é divulgado toda segunda-feira. O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. As projeções são do mercado, não do Banco Central.”