Data de publicação: 25 de Setembro de 2023, 04:00h, atualizado em 25 de Setembro de 2023, 09:39h
LOC.: Em média 64% dos inquéritos policiais foram solucionados no Brasil em 2022. É o que indica uma pesquisa realizada pela Associação dos Delegados de Polícia do Brasil, a Adepol, com os 26 estados mais o Distrito Federal. Segundo o levantamento, a maior taxa de resolução de inquéritos é da Região Centro-Oeste, com 77% de resolutividade dos casos. Na sequência está a Região Nordeste, com mais de 67%, seguida pelas Regiões Norte e Sul, com 61,21% e 60,96% respectivamente. Em último lugar está a Região Sudeste – a mais populosa do país - com 52,44%.
Na avaliação do presidente da Adepol Rodolfo Laterza, os resultados do estudo mostram que para um policiamento efetivo é necessário investimento em inteligência e investigação.
TEC./SONORA: Rodolfo Laterza, presidente da Adepol
“O que nós podemos verificar é onde há razoável investimento, há melhor produtividade. Agora é essencial que haja soluções de continuidade nas políticas de segurança pública e, principalmente, diretrizes objetivas para investimentos em investigação e não apenas compra de armas e viaturas. Nós temos que ter investimentos equânimes bem distribuídos em todas as delegacias, inclusive do interior, para que esses índices melhorem cada vez mais”.
LOC.: Além de investimento, Laterza destaca que é preciso haver maior integração entre as forças policiais.
TEC./SONORA: Rodolfo Laterza, presidente da Adepol
“Para que esse percentual aumente é essencial que haja investimento nas polícias civis e uma cooperação cada vez maior entre as polícias militares e as polícias civis. Porque os inquéritos quando são bem elucidados, é porque há uma boa cooperação da polícia militar com as polícias civis. E estados em que essa cooperação é incrementada, isso resulta, portanto, em melhor resolutividade.”
LOC.: No âmbito da Polícia Federal, o índice de resolução de inquéritos em 2021 foi de 81,29% e 82,31% em 2022. Já os indicadores de crimes de homicídio, o índice de solução foi de 78,38% em 2021 e 80,46% em 2022.
Reportagem, Landara Lima