LOC.: A doença de chagas é responsável por cerca 4.500 mortes por ano. Cerca de 1 milhão de pessoas no Brasil convivem com a doença. De acordo com o Ministério da Saúde, a prioridade é eliminar a transmissão vertical e ampliar o acesso ao tratamento e prevenção da doença.
O Brasil registra cerca de 280 novos casos na forma aguda por ano, sendo 80% deles por ingestão de alimentos contaminados. Existe uma tendência de crescimento de casos na região Norte. Entre 2022 e abril de 2023, foram registrados 61 casos confirmados de doença de chagas no Amazonas.
O infectologista Hemerson Luz explica que a doença é transmitida pela picada de um inseto conhecido como “barbeiro”. Após a picada, ele deposita suas fezes no local e com a coceira, a pessoa acaba colocando os protozoários das fezes na ferida feita pela picada. A transmissão também pode ocorrer por carnes mal cozidas.
TEC./SONORA: Hemerson Luz - infectologista
“O barbeiro pode ser encontrado em locais com entulhos, monte de lenhas, ninhos de pássaros, galinheiros, chiqueiros e também nas frestas das casas quando são construídas principalmente de pau a pique.”
LOC.: O especialista afirma que a doença de chagas pode se apresentar de forma aguda e, caso não seja tratada, evoluir para a forma crônica. Alguns dos sintomas da fase aguda são febre, alterações cardíacas e no fígado, cansaço, inchaço no rosto e pernas.
TEC./SONORA: Hemerson Luz - infectologista
“Muitos pacientes evoluem para forma crônica e passam anos sem apresentar sintoma algum. Porém as lesões vão acontecendo, principalmente com o aumento do coração e o aumento do intestino. Podendo causar sérios danos mais à frente.”
LOC.: O Ministério da Saúde destaca a importância de se evitar colônias do inseto causador da doença de Chagas, perto das residências. Caso algum inseto do tipo seja encontrado, é preciso acionar a vigilância local para controle químico. No SUS, o tratamento é acompanhado por médicos e os medicamentos são fornecidos gratuitamente após confirmação da doença.
Reportagem, Sophia Stein