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A deficiência intelectual é caracterizada com um dos transtornos do neurodesenvolvimento, assim como o transtorno do espectro autista, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade e transtorno de aprendizagem. Esses transtornos são condições que a criança manifesta desde muita nova, muitas vezes antes mesmo da entrada na escola e podem aparecer em conjunto na mesma pessoa.
Dentre as principais características da deficiência intelectual está a função intelectual mais baixa, ou mais conhecida como quociente de inteligência ou qi baixo, que seria entre 50 e 69 nos casos leves, entre 35 e 49 nos moderado, 20 e 34 nos casos graves e abaixo de 20 nos profundos. Mas isso por si só não é o parâmetro adequado, sendo melhor classificar os pacientes de acordo com sua funcionalidade, ou seja, a capacidade de se comunicar, como são suas habilidades sociais e como se dá seus cuidados pessoais, para que se identifique quais ajudas e apoios necessitam para desenvolver as atividades habituais.
Entre os sintomas dessa condição estão:
Todos têm em maior ou menor grau esses problemas, nos quadros leves, nem sempre essas características ficam evidentes, normalmente se identifica na fase escolar e pré-escolar, quando se percebe a dificuldade de ler, escrever, fazer contas e acompanhar os colegas de classe.
Há várias causas para a deficiência intelectual, que pode ser dividida em três períodos, sendo pré-natal, perinatal ou pós-natal. As causas pré-natais que acontecem no período da gravidez ocorrem por alterações e síndromes genéticas, tabagismo, alcoolismo, uso de drogas, efeitos de medicações que podem levar a malformações no feto, doenças crônicas não controladas, doenças infecciosas adquiridas durante a gestação e desnutrição.
Já as causas perinatais acontecem desde o trabalho de parto até 30 dias após o nascimento, temos a prematuridade, baixo peso ao nascer e icterícia grave. As pós-natais que acontecem 30 dias após o nascimento até a adolescência, temos a desnutrição, falta de estimulação, infecções graves, intoxicações e acidentes.
É necessária uma avaliação multidisciplinar, envolvendo profissionais como psicólogos, assistentes sociais, médicos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, além de exames clínicos, de imagens e laboratoriais.
O diagnóstico é fundamental para auxiliar em como pode ser feito a reabilitação, entender mecanismos pelos quais a criança pode aprender. Através da junção de terapias individualizadas como psicoterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, orientação médica que pode ser do médico pediatra do desenvolvimento, neuropediatra ou psiquiatra infantil. A participação ativa da criança e da família é possível construir um plano terapêutico para estimular os aprendizados que são importantes para o núcleo familiar.
Para esse tratamento, o ideal é procurar equipes que já estão habituadas com esse problema, tanto no setor público quanto no privado. Pelo SUS você deve procurar os postos de saúde da sua região ou os Centros de Assistência Psicossocial (CAPS).
Para mais informações, assista ao vídeo no canal Doutor Ajuda no youtube.
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