Data de publicação: 30 de Maio de 2023, 21:15h, atualizado em 31 de Maio de 2023, 16:03h
LOC: Prefeituras de todo o Brasil correm o risco de ter as contas rejeitadas pelos órgãos fiscalizadores por causa de decisões que incluíram despesas com serviços terceirizados, na folha de pagamento dos municípios. O alerta foi feito por vários prefeitos e também por parlamentares, nesta terça-feira (30), durante o encontro de gestores municipais realizado pela CNM (Confederação Nacional de Municípios), em Brasília.
De acordo com vários participantes do encontro, o problema coloca as prefeituras sob o risco de infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal, que impõe um limite de até 60% do orçamento dos municípios, para pagamento de pessoal.
Para o presidente da entidade, Paulo Ziulkoski, os prefeitos encontram-se em situação difícil. Segundo ele, o próprio governo e o Congresso Nacional estimularam a contratação de empresas terceirizadas nos municípios e, agora, as despesas com os serviços terceirizados passaram a ser computadas como gasto de pessoal.
SONORA: Paulo Ziulkoski, presidente da CNM
“Agora, vem o entendimento - porque não há esse conselho regulador do tesouro de órgãos de tribunais de contas - entendendo que as OS’s principalmente, ou o terceiro setor, seja computado como gasto de pessoal. Então como as prefeituras assumiram outras atribuições e já estão, hoje, já ultrapassando o limite, se você agregar a um custo de pessoal essas terceirizações, vai para 70 60 e todos os prefeitos vão ter conta rejeitada, toda a lei descumprida.”
LOC: O protesto feito pelo presidente da Confederação Nacional de Municípios resume as reclamações de vários gestores e parlamentares que estiveram presentes no encontro de prefeitos. O evento reuniu mais de mil gestores municipais na sede da entidade, na capital federal. O objetivo da CNM é sensibilizar os deputados para a necessidade de aprovação da Proposta de Emenda Constitucional, que visa gerar recursos para que as prefeituras tenham condições financeiras de pagar o reajuste do piso da enfermagem.
Reportagem: José Roberto Azambuja