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Mais de 900 quilombolas da microrregião de Parintins, no Amazonas, receberam a vacina contra a Covid-19. Mas o quantitativo poderia ser superior: a região é a maior do estado com população quilombola e abrange os municípios de Barreirinha e Parintins. Segundo o IBGE, são mais de 7 mil pessoas morando na microrregião. Mesmo morando em zonas rurais, quilombolas são ameaçados pelo coronavírus. Só a vacina pode proteger contra o vírus.
Segundo vacinômetro divulgado pelo Ministério da Saúde, 965 quilombolas da microrregião receberam a primeira dose da vacina. Sendo que, no recorte municipal, Barreirinha vacinou 867, e em Parintins, 94 quilombolas.
A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato, explica a importância da vacina nos grupos prioritários. As comunidades quilombolas são populações que vivem em situação de vulnerabilidade social. Elas têm um modo de vida coletivo, os territórios habitacionais podem ser de difícil acesso e muitas vezes existe a necessidade de percorrer longas distâncias para acessar os cuidados de saúde. Com isso, essa população se torna mais vulnerável à doença, podendo evoluir para complicações e óbito”, explicou.
Para Jociane Carneiro, subsecretária de saúde municipal de Barreirinha, o baixo índice de vacinação é preocupante. O contágio nos quilombos pode acontecer de diversas formas. A mais comum é quando algum quilombola precisa ir à cidade ou visitar parentes. O trajeto entre barcos, ônibus ou carros representa maior possibilidade de exposição ao coronavírus. “Os quilombolas não habitam somente as suas comunidades quilombolas, eles migram para outras comunidades ribeirinhas. Eles não ficam especificamente dentro das comunidades quilombolas, eles vão de uma comunidade à outra ou até mesmo frequentam a sede do município, facilitando o contágio pela Covid-19” explicou.
Barreirinha possui cinco comunidades quilombolas: Santa Tereza do Matupiri, Trindade, Ituquara, São Pedro do Andirá e Boa Fé. Grande parte das doses da vacina foram administradas dentro desses quilombos, exceto para os quilombolas que precisam morar na zona urbana. Nesses casos, o Plano de Vacinação Quilombola contra a Covid-19 foi realizado no centro do município.
Ulisses Rodrigues, representante da comunidade quilombola Santa Tereza do Matupiri, explica que a vacina contra a Covid-19 representa responsabilidade e proteção aos moradores dos quilombos. “Não tenham medo, é uma vacina tranquila, todo quilombola precisa para se proteger. Todo quilombola precisa tomar essa responsabilidade para si mesmo. Cuidem-se, vacinem-se, eu me vacinei. É importante você se vacinar também porque aí, com certeza, teremos um quilombo mais feliz, um quilombo mais alegre e longe dessa doença” afirmou.
Se você sentir febre, cansaço, dor de cabeça ou perda de olfato e paladar procure atendimento médico. A recomendação do Ministério da Saúde é que a procura por ajuda médica deve ser feita imediatamente ao apresentar os sintomas, mesmo que de forma leve. Após a vacinação, continue seguindo os protocolos de segurança. Entre eles, use máscaras, lave as mãos com frequência com água e sabão ou álcool 70%; mantenha os ambientes limpos e ventiladores e evite aglomerações.
De acordo com painel divulgado pelo Ministério da Saúde, o estado recebeu 2.765.190 doses da vacina contra a Covid-19. A vacina é segura e uma das principais formas de proteger contra o novo coronavírus. Fique atento ao calendário de imunização do seu município. Proteja-se. Juntos podemos salvar vidas! Para saber mais sobre a campanha de vacinação em todo o país, acesse gov.br/saude.
Quilombolas que vivem em comunidades quilombolas, que ainda não tomaram a vacina, devem procurar a unidade básica de saúde do seu município. Para mais informações, basta acessar os canais online disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Acesse o portal gov.br/saude ou baixe o aplicativo Coronavírus – SUS. Pelo site ou app, é possível falar com um profissional de saúde e tirar todas as dúvidas sobre a pandemia.
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