LOC.: A Reforma Tributária está na etapa de regulamentação, prevista no Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/2024, cuja análise segue no Senado Federal. Nesse contexto, o mercado de startups no Brasil tem discutido as repercussões do texto para o setor.
O diretor financeiro na da Octus, uma consultoria jurídica para o setor de iGaming, Kleber Senhorelli, São Paulo (SP), afirma que existem posicionamentos distintos de representantes de startups sobre o impacto nas mudanças propostas. Segundo ele, entre os pontos positivos da reforma para o setor é a promessa de simplificação tributária, bem como a proposta de maior neutralidade tributária. Para Kleber, essa ação pode beneficiar startups ao promover um ambiente mais justo de concorrência.
Em contrapartida, Senhorelli avalia que existem preocupações do ramo em relação a um possível aumento da carga tributária.
TEC./SONORA: Kleber Senhorelli, diretor financeiro na da Octus, uma consultoria jurídica para o setor de iGaming, São Paulo (SP)
“Startups que operam com margem reduzida e ainda estão em fase de crescimento podem ser negativamente impactadas se a carga fiscal efetiva aumentar. Essa é uma das maiores apreensões."
LOC.: O advogado tributarista sócio do escritório Bento Muniz Advocacia, Eduardo Muniz Cavalcanti, de Brasília (DF), também aponta que a unificação dos tributos pela CBS e o IBS pode facilitar a gestão de carga tributária para as startups. Porém, o advogado aponta que o possível aumento da carga de tributos pode afetar a competitividade e capacidade de crescimento dessas empresas e, ainda, impulsionar que elas saíam do país.
TEC./SONORA: Eduardo Muniz Cavalcanti, advogado tributarista sócio do escritório Bento Muniz Advocacia, Brasília (DF)
“As startups são particularmente vulneráveis a essas mudanças, pois eu posso dizer que muitas operam com margens de lucro reduzidas e dependem sobremaneira de reinvestimento para manter o crescimento. E se os custos operacionais aumentarem, devido a uma carga tributária maior, podemos enxergar um movimento de êxodo dessas empresas para locais onde as construções tributárias, digo eu, sejam mais competitivas.”
LOC.: A Reforma Tributária está na etapa de regulamentação, em análise no Senado. A previsão é de que o relatório seja apresentado dia 22 de outubro.
Reportagem Bianca Mingote