LOC.: O Hemocentro Regional de Uberlândia está com os estoques em alerta e pede a ajuda da população para doação de sangue. De acordo com a Fundação Hemominas, há necessidade de todos os tipos sanguíneos, mas principalmente os de fator Rh negativo e “O positivo”, que estão abaixo do nível considerado ideal.
As doações na unidade caíram aproximadamente 8% em 2020. Em contrapartida, a demanda transfusional no estado aumentou com a pandemia. Por isso, Viviane Guerra, assessora de captação de doadores da Hemominas, faz um apelo para que os mineiros façam o gesto de solidariedade e ajudem a salvar vidas.
TEC./SONORA: Viviane Guerra, assessora de Captação da Hemominas
“O sangue é um remédio que depende exclusivamente da solidariedade de um ser humano disposto a doar parte do seu sangue para o paciente que precisa. Então, o sangue salva vidas, o volume doado é muito pequeno, não faz falta para quem doa e tem o valor da vida, pra quem recebe.”
LOC.: O Hemocentro de Uberlândia atende, diretamente, aos municípios de Araguari, Coromandel, Monte Alegre, Monte Carmelo, Patrocínio, Prata, Tupaciguara e, indiretamente, outras 10 cidades. Entre elas, estão Abadia dos Dourados, Cascalho Rico, Estrela do Sul, Indianópolis e Nova Ponte. A unidade está localizada na Avenida Levino de Souza, número 1845, Bairro Umuarama. O número para contato é o (34) 3088-9200.
Moradores de outras regiões de Minas Gerais que desejam doar sangue podem procurar o hemocentro mais próximo. A unidade coordenadora fica em Belo Horizonte. Além de Uberlândia, Uberaba, Governador Valadares, Juiz de Fora, Pouso Alegre e Montes Claros também têm hemocentros regionais. Para mais informações, ligue (31) 3768-7450.
O biólogo Vinicius Trindade, 50 anos, mora em Belo Horizonte e é doador regular há duas décadas. Ele conta que doa sangue quatro vezes ao ano, desde os seus 30 anos de idade. Já são mais de 63 doações.
TEC./SONORA: Vinicius Trindade , biólogo
“Eu não podia doar sangue devido a um protocolo relativo à hepatite. O protocolo mudou e eu fiquei sabendo em sala com o grupo de estudantes apresentando um trabalho sobre sangue. Eu já doei sangue, medula e plaquetas várias vezes.”
LOC.: Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, são realizadas três milhões de doações de sangue por ano na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele destaca a importância da doação regular.
TEC./SONORA: Marcelo Queiroga, ministro da Saúde
“Vamos aproveitar essa oportunidade para reafirmar não só as ações de enfrentamento à pandemia, mas também a necessidade contínua de cumprir o preceito constitucional da saúde como direito fundamental. O sangue, ao longo do tempo, simboliza a vida. E, nesse sentido, é importante a doação regular de sangue. Doe sangue regularmente. Com a nossa união, a vida se completa.”
LOC.: De acordo com a Coordenação-Geral de Sangue e Derivados do Ministério da Saúde, o procedimento para doação de sangue é simples. Primeiro se faz o cadastro, aferição de sinais vitais, teste de anemia, triagem clínica, coleta de sangue e depois o lanche. Isso tudo leva em média 40 minutos.
Vale lembrar que até mesmo quem foi infectado pelo coronavírus pode doar sangue e medula óssea. No entanto, é necessário aguardar 30 dias após completa recuperação da doença. Quem teve contato com pessoas infectadas também precisa esperar 14 dias para poder fazer a doação, apresentando RT-PCR negativo e ausência de sintomas. Os vacinados devem esperar o tempo de imunização, que vai depender da marca do imunizante.
Para doar sangue é necessário ter entre 16 e 69 anos de idade e pesar no mínimo 50 quilos. Mulheres podem doar até três vezes ao ano com intervalo de três meses entre as doações. Já os homens podem doar até quatro, com intervalo de dois meses. A doação é voluntária e uma bolsa de apenas 450mL de sangue pode ajudar até quatro pessoas.
Doar sangue e medula é seguro! Com a pandemia, todos os protocolos de contenção contra a Covid-19 estão sendo realizados. Para saber onde doar sangue ou se cadastrar para doar medula óssea em Minas Gerais, acesse hemominas.mg.gov.br.
Reportagem, Larissa Abreu