LOC.: As barreiras às exportações do Brasil no exterior aumentaram ao longo dos últimos anos. É o que aponta um relatório da Confederação Nacional da Indústria, a CNI. Segundo a gerente de Comércio e Integração Internacional da entidade, Constanza Negri, as principais barreiras se concentram em três mercados: o bloco da União Europeia, a China e a Argentina. Nesses locais, 50% das vendas do Brasil encontram medidas restritivas.
TEC./SONORA: Gerente de Comércio e Integração Internacional da CNI, Constanza Negri
“Dos US$ 155 bilhões exportados para esses três destinos [China, UE e Argentina], mais de US$ 78 bilhões foram expostos a esse tipo de medida restritiva. O número e tipo de barreiras comerciais que as exportações brasileiras enfrentam tem crescido e tem se sofisticado.”
LOC.: O levantamento, produzido em conjunto com 19 entidades setoriais, aponta 77 medidas restritivas que as exportações brasileiras enfrentam em 25 mercados. Foram 16 barreiras na União Europeia, oito na China e seis na Argentina em empate com o Japão. O relatório da CNI também lista os principais tipos de barreiras, como sanitária e fitossanitária, regulamento técnico, imposto de importação, sustentabilidade e licenciamento de importação.
De acordo com Constanza Negri, o relatório realizado pela CNI tem como objetivo contribuir para o plano de superação de medidas restritivas enfrentadas pelas exportações brasileiras.
TEC./SONORA: Gerente de Comércio e Integração Internacional da CNI, Constanza Negri
“Diante desse cenário, a CNI entende que se faz ainda mais necessário uma estratégia brasileira para identificação, monitoramento e eliminação dessas barreiras junto a diferentes parceiros comerciais.”
LOC.: Negri ainda aponta que o setor industrial espera que seja possível contribuir com uma estratégia proativa, junto a esses parceiros comerciais, em fóruns e negociações internacionais. Assim, espera-se garantir um maior acesso ao mercado brasileiro.
Reportagem, Nathália Guimarães.