Foto: MDR/Divulgação
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Ceará tem papel histórico na transposição do Rio São Francisco

Moradores do semiárido cearense já sentem a mudança em suas vidas com a chegada do Rio São Francisco

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O estado do Ceará tem um papel histórico na transposição do Rio São Francisco. Foi Marco Antônio Macedo, intendente da cidade do Crato, quem primeiro elaborou um projeto para levar as águas do Velho Chico ao semiárido nordestino. Isso foi em 1847, mas o povo do Ceará precisou esperar muito mais tempo para ver as águas chegarem ao seu estado. Apenas em 2020, após muito trabalho e desafios vencidos pelo Governo Federal, as águas saíram de Pernambuco e entraram em terras cearenses.

O primeiro ponto de chegada foi o Reservatório Jati. De lá, as águas seguiram para o Cinturão das Águas do Ceará e, então, para o Açude Castanhão, garantindo segurança hídrica para mais de 4 milhões e meio de moradores da Região Metropolitana de Fortaleza e de 24 cidades do estado. O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, destaca a importância da chegada das águas do São Francisco na região.

"É bom lembrar que em 2016 e 2017 nós tivemos uma grave crise hídrica no Nordeste. Foram mais de sete anos de seca e se aventou a possibilidade de abastecer a cidade de Fortaleza com carros-pipa, a exemplo do que ocorreu em Campina Grande, na Paraíba. Essa é uma obra histórica, essencial. As águas do São Francisco vão dar a segurança hídrica necessária a toda a região metropolitana da cidade de Fortaleza."

O Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), também está retirando do papel uma das estruturas previstas no projeto original da transposição. Ignorado por gestões anteriores, o Ramal do Salgado finalmente será construído. Com investimentos federais de R$ 600 milhões, a estrutura vai beneficiar  mais de 4 milhões de pessoas em 54 cidades do estado. 

A chegada das águas do São Francisco já está mudando a vida de várias pessoas no semiárido cearense. Uma delas é João Paulo Brás da Silva, morador da vila produtiva rural de Descanso. Ele destacou que o abastecimento garantiu mais oportunidade de emprego e qualidade de vida. 

"Hoje, a gente tem uma moradia digna, tem um terreno de cerqueiro para trabalhar e, há muitos anos, a gente esperava por isso. E com isso, trazer mais qualidade de vida e geração de renda para dentro da comunidade."

Para saber mais sobre o Projeto de Integração do Rio São Francisco e outras ações de segurança hídrica do Governo Federal, acesse mdr.gov.br. 

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