Data de publicação: 17 de Março de 2020, 04:33h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:30h
O uso da camisinha em relações sexuais é uma medida eficaz na prevenção às infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), com proteção de quase 100% contra HIV, sífilis e hepatites virais, HPV e gonorreia, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
E o alerta do Ministério da Saúde é de que o uso da camisinha seja feito regularmente. Isso, segundo a pasta, pode contribuir para a queda das notificações das ISTs.
A pesquisadora das ISTs da Universidade de Brasília (UnB), Eliane Maria Fleury, explica que a segurança da camisinha é alta, ao ponto, segundo ela, de permitir que as pessoas com HIV, por exemplo, tenham vida sexual ativa, sem colocar o parceiro em riscos da infecção.
“A camisinha tem uma eficácia alta. Estudos mostram que o aprimoramento do látex, a evolução tecnológica desse material, se a gente compara 30 a 40 anos atrás, é muito fininho, com uma boa elasticidade e o rompimento é difícil. Sexo com camisinha, nos dias atuais, a pessoa sai tranquila, sem preocupação.”
Especialistas recomendam o uso da camisinha como a mais segura e acessível forma de prevenção às ISTs, em todas relações sexuais. Em 2020, as Unidades Básicas de Saúde vão ter reforço de 570 milhões de camisinhas e géis lubrificantes. A quantidade distribuída pelo Ministério da Saúde é 12% maior, em comparação com o total disponibilizado em 2019.
As camisinhas são distribuídas gratuitamente pelo SUS nas Unidades Básicas de Saúde de todo Brasil.
A especialista Eliane Maria Fleury reforça que antes de usar a camisinha, alguns cuidados devem ser tomados.
“Camisinha fora do prazo de validade: se está além desse prazo, pode estar como látex fragilizado e arrebentar. Outra coisa: usar lubrificantes que não seja base de água, lubrificantes oleosos, como vaselina, favorecem rompimento. Então, o ideal são lubrificantes à base de água.”
Os dados mais recentes do Ministério da Saúde mostram que, em um ano, em todo Brasil, mais de 158 mil pessoas contraíram sífilis. Além disso, cerca de 900 mil pessoas vivem com o HIV, no país. Dessas, 135 mil provavelmente não sabem que têm a doença. De acordo com dados oficiais, a maioria dos casos de infecção pelo HIV é registrada na faixa de 20 a 34 anos, em todos os estados.
Além de distribuírem camisinha gratuitamente, todas as Unidades Básicas de Saúde contam com testes rápidos ou laboratoriais para ISTs.
Proteja-se! Usar camisinha é uma responsa de todos. Se notar sinais de uma infecção Sexualmente Transmissível (IST), procure uma unidade de saúde e informe-se. Saiba mais em: saude.gov.br/ist. Ministério da Saúde, Governo Federal. Pátria Amada, Brasil.