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LOC.: A Frente Parlamentar do Comércio e Serviços se reuniu, na quarta-feira (29), para discutir o PL 4675/2025, do Poder Executivo, que trata da criação de novos processos no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A proposta visa proteger a concorrência em mercados digitais.
O projeto cria a Superintendência de Mercados Digitais dentro do Cade e estabelece medidas aplicáveis a grandes plataformas digitais.
Pelo o texto, o Cade poderá indicar agentes econômicos considerados de relevância sistêmica em mercados digitais e estabelecer deveres, bem como multas.
Como envolve a cadeia comercial, a discussão contou com a participação da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) – que representa 2.300 associações comerciais.
O diretor de Relações Institucionais da CACB, João Andrade, destacou que a discussão do projeto é relevante para assegurar a concorrência justa no mercado virtual.
TEC./SONORA: João Andrade, diretor de Relações Institucionais da CACB
“Apenas 32 empresas representam hoje 89% de tudo que é vendido na internet. Quem sabe esse projeto seja uma solução, se bem executado, acompanhado e tudo. Quem sabe esse projeto seja a solução e a gente está aqui acompanhando, discutindo e mantendo vocês informados.”
LOC.: O debate também contou com a participação de membros da frente, como o presidente do colegiado na Câmara, o deputado Domingos Sávio (PL-MG), bem como do secretário de reformas econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto.
Ele reforçou que o e-commerce tem ocupado um papel expressivo na economia, mas com cada vez menos competição nesses setores.
Marcos Pinto destacou, ainda, a importância da discussão para toda a cadeia econômica do país.
TEC./SONORA: Marcos Pinto, secretário de reformas econômicas do Ministério da Fazenda
“Eu acho muito importante essa discussão no país. É muito importante para toda a economia nacional, porque de um modo ou de outro, todos os nossos sistemas econômicos estão passando pelo ambiente digital. O principal método para chegar ao consumidor hoje é o aparelho celular e algumas empresas estabeleceram quase um monopólio, digamos, nesse setor. Precisamos atuar para garantir a concorrência, porque sem concorrência esses ganhos de produtividade que temos na economia digital vão parar nos bolsos só de algumas empresas em detrimento de todas as outras, sejam elas brasileiras, sejam elas estrangeiras.”
LOC.: O relator do projeto é o deputado Aliel Machado (PV-PR). A proposta aguarda despacho do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Reportagem, Bianca Mingote, narração, Marquezan Araújo