PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
O Defeso da Piracema no Amazonas está previsto para começar no dia 15 de novembro e deve terminar em 15 de março. De acordo com Diego Morgado, engenheiro de pesca da Secretaria de Produção Rural, todos os ambientes aquáticos de pesca do estado estão passíveis de proibição.
A engenheira de pesca Caroline Vieira Feitosa explica que durante a piracema, algumas espécies de peixe de água doce migram para a nascente do rio, contra a correnteza, para se reproduzir. “É uma estratégia reprodutiva e é fundamental para manter as populações, ou seja, para o estabelecimento e perpetuação dessas espécies”, afirma.
Segundo Rafael Antônio Vieira Gabriel, professor de biologia do Colégio Objetivo, o período do defeso da Piracema é uma época do ano em que a pesca para algumas espécies de peixes é proibida ou controlada, com o objetivo de preservar a reprodução das espécies.
“Ele ajuda, sem sombra de dúvidas, a preservar a fauna aquática, garantindo a preservação dos peixes de diferentes espécies. Assim você consegue controlar, e ao mesmo tempo, impedir o desequilíbrio ambiental em determinada região”, destaca o professor.
A assessora técnica do Núcleo de Pesca da Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas (Sema) Bruna Alves explica que o governo adota essa estratégia de gestão sustentável para a conservação dos recursos pesqueiros, contribuindo para garantir disponibilidade de alimentos e recursos para as comunidades que dependem da pesca como meio de subsistência e renda.
“Passam a compor o defeso no estado as seguintes espécies: caparari, surubim, pirapitinga, mapará, sardinha, pacu, aruanã e matrinxã. Esses peixes permanecem com a pesca proibida nesse período”, informa Alves.
Durante o período de defeso, os pescadores profissionais, ou seja, aqueles que comercializam sua produção, são diretamente afetados com a proibição. O presidente da Colônia de Pescadores Z-20 De Manicoré, Antonio Passos Veiga, informa que os pescadores do Rio Madeira costumam respeitar o período do defeso. “É após este tempo de desova do pescado que vem a fartura de peixe para o abastecimento da cidade”, afirma.
Passos ainda explica que o respeito dos pescadores é o que os mantém vinculados com a organização sindical da área. De acordo com ele, o trabalho da Colônia vem conscientizando e prevenindo conflitos com órgãos ambientais.
“Os pescadores consideram uma medida importante, primeiro como reconhecimento das suas comunidades ribeirinhas e os seus rios como ambientes de trabalho protegido por lei. Segundo, porque recebem o recurso do governo federal”, completa.
No período de defeso todos os profissionais da atividade têm direito a solicitar o seguro-defeso no aplicativo “Meu INSS”, do Instituto Nacional do Seguro Social.
Para isso, é necessário cumprir os seguintes requisitos:
As informações são do INSS.
Segundo o Núcleo de Pesca da Sema, o período de defesa do Tambaqui iniciou no domingo (1º) e segue até 31 de março de 2024. Durante esses seis meses, fica proibida a captura dessa espécie. Quanto ao Pirarucu, o período de defeso dura um ano e foi encerrado em maio de 2023.
De acordo com o Decreto Federal 6.514/2008, quem estiver pescando, transportando, comercializando, armazenando ou exportando espécies sem autorização deve receber uma multa que varia entre R$ 700 a R$ 100 mil, com acréscimo de R$ 20 por quilo ou fração do produto da pescaria, ou por espécime quando se tratar de produto de pesca para uso ornamental.
A pesca artesanal, ou seja, aquela realizada pela mão de obra familiar e utilização de embarcações pequenas, desempenha um papel fundamental no Amazonas, sendo um dos principais empregadores no estado. Mais de 45 mil pescadores dependem diretamente dessa atividade, enquanto cerca de 200 mil pessoas estão envolvidas em todo o processo produtivo, desde a captura até a comercialização de peixes, incluindo desembarque, transporte, industrialização, preparação e distribuição.
No Amazonas, a pesca não apenas oferece emprego e renda aos ribeirinhos, mas também beneficia parte da população nas cidades, ajudando a manter as comunidades locais. As informações são do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam).
Leia mais:
Nota Fiscal Amazonense: programa realiza sorteios diários, mensais e especiais
AM: polícia dá orientações para que vítimas do golpe do Pix possam recuperar o dinheiro perdido
PUBLICIDADE
O Brasil 61 é um portal de comunicação que leva informações para todo o Brasil. Somos especialistas em produzir conteúdo particularizado para sua região. Trazemos as principais notícias do Planalto Central especialmente pra você. Todo o nosso conteúdo é gratuito e de livre reprodução.
© Brasil 61 2024 • Desenvolvido pela   Humanoide.dev
PUBLICIDADE