Novo projeto amplia as buscas por crianças e adolescentes desaparecidos. Foto: Divulgação/Polícia Civil de Minas Gerais
Novo projeto amplia as buscas por crianças e adolescentes desaparecidos. Foto: Divulgação/Polícia Civil de Minas Gerais

Alerta Amber: polícia de MG usa redes sociais para localizar crianças ou adolescentes desaparecidos

Entre janeiro e novembro de 2023 foram registradas 6.502 pessoas desaparecidas no estado

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No acumulado de janeiro a novembro de 2023, foram registradas 6.502 pessoas desaparecidas em Minas Gerais, um aumento de 331 casos na comparação com o mesmo período de 2022. Dessas pessoas, 4.586 foram localizadas nos onze primeiros meses do ano passado, enquanto em 2022 o foram localizadas 4.049. Os dados são da Secretaria de Justiça e Segurança Pública do estado.

Para a resolução de casos de desaparecimentos, Minas Gerais aderiu ao Alerta Amber, um projeto que veio da parceria entre o Ministério da Justiça e Segurança Pública e o grupo Meta.

A chefe da Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida, delegada Ingrid Estevam, explica que esse é um sistema de alerta enviado para as redes sociais em casos de desaparecimento de crianças ou adolescentes que corram risco de lesão grave ou morte.

“Após a ocorrência, a Polícia Civil comunica o Ministério da Justiça e Segurança Pública, que por sua vez comunica a Meta, responsável pelo Facebook e o Instagram, e após a análise dos requisitos, essas redes sociais emitem um alerta aos usuários em um raio de 160 quilômetros do local da ocorrência”, informa a delegada.

De acordo com Estevam, o primeiro Alerta já foi emitido e demonstrou resultados positivos.

Para o especialista em segurança pública e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Cássio Thyone, qualquer ferramenta que contribua para ajudar na busca de pessoas desaparecidas é positiva. “No caso desta, através das redes sociais, pode-se divulgar muito rapidamente informações sobre a criança ou adolescente desaparecido. Como nós sabemos, o alcance das redes sociais é muito grande e a questão de tempo nesses casos é fundamental”, pontua.

De acordo com Thyone, quando a informação de desaparecimento chega para um maior número de pessoas, maior a possibilidade de obter uma informação que seja útil em relação à localização do desaparecido.

Berlinque Cantelmo, advogado especialista em segurança pública e sócio do Cantelmo Advogados Associados, destaca que não basta a implementação do sistema sem que haja a reação efetiva dos parentes das pessoas envolvidas no desaparecimento. 

“É importante buscar montar um esforço de compreensão na sociedade, para que levem imediatamente o caso ao conhecimento das autoridades através do registro do boletim de ocorrência, com informações necessárias à Polícia Civil”, afirma Cantelmo.

Para registrar uma pessoa desaparecida, deve-se procurar  uma Delegacia de Polícia ou unidade da Polícia Militar mais próxima, levando documento de identidade e foto recente e nítida do desaparecido. O registro também pode ser feito on-line, pelo portal Delegacia Virtual.

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