SAÚDE: Fiocruz prepara treinamento que ajudará profissionais no diagnóstico de Zika e Chikungunya

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LOC.: A confusão entre diagnósticos de Dengue, Zika ou Chikungunya – que são transmitidas pelo mesmo mosquito – preocupa alguns especialistas na área da saúde. O diagnóstico mal feito pode levar ao tratamento errado e agravar o estado clínico do paciente. A Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz – instituição federal que é referência nacional em pesquisas na área da saúde e localizada na cidade do Rio de Janeiro – elabora proposta de um curso de capacitação para os profissionais que atuam na área de saúde. A proposta será entregue ao Ministério da Saúde. O Coordenador da Rede Dengue, Zika e Chikungunya da Fiocruz, José Augusto de Brito explica que o treinamento para distinguir a tríplice virose, ou seja, Dengue, Zika ou Chikungunya, leva apenas 25 minutos:


TEC./SONORA:
José Augusto de Brito, coordenador da Rede Dengue, Zika e Chikungunya da Fiocruz

”Você leva o material didático portátil, pequeno, e vai apresentando ele no local de trabalho do profissional porque é difícil às vezes você tirar um médico do atendimento, a enfermeira do atendimento, então num determinado momento que ele, digamos, de descanso ou que tem menos movimento, reúne um grupo de profissionais, passa aquela metodologia, avalia a compreensão, o aprendizado deles, tudo naquele momento. A vantagem dessa capacitação é que ela vai ao local de trabalho do profissional de saúde.”

LOC.: A capacitação para os profissionais de Saúde para diferenciar Dengue, Zika e Chikungunya depende da parceria com o Ministério da Saúde e da adesão das secretarias estaduais e municipais de todo o Brasil. Um treinamento semelhante foi feito no Rio de Janeiro, e deu certo. Quinze mil profissionais de saúde foram capacitados para reconhecer os diferentes tipos de Dengue no estado. Agora é o vírus Chikungunya que preocupa as autoridades de saúde, segundo o Coordenador da Fiocruz, Jose Augusto de Brito:

TEC./SONORA: José Augusto de Brito, coordenador da Rede Dengue, Zika e Chikungunya da Fiocruz

“Essa virose, Chikungunya, ela ainda é pouco conhecida entre nós. Ela foi recentemente introduzida no Brasil, no final de 2014, a gente teve uma epidemia em Feira de Santana, na Bahia, em que 20% da população foi acometida pela Virose... E agora começam a surgir casos em todo o país. Isso significa o que? Que o vírus da Chikungunya chegou ao Brasil. E está se espalhando. No caso, mesmo a gente tendo como risco maior a epidemia de Chikungunya, a gente não pode esquecer que, ao mesmo tempo, nós podemos ter Zika e Dengue acontecendo. Então, os profissionais devem ser capacitados para serem capazes de fazer a diferenciação entre as três viroses.”

LOC.: O Presidente da Federação dos Hospitais e Clínicas do Estado de São Paulo, Yussif Ali Mere Júnior, que representa hospitais e clínicas particulares, iniciou uma campanha de informação para os associados. Ele reforça que o profissional de saúde, seja da rede pública ou privada, precisa estar preparado para o atendimento:

TEC./SONORA: Yussif Ali Mere Júnior – Presidente dos Hospitais e Clínicas do Estado de São Paulo

“Todo tipo de informação vem ajudar para que inclusive o profissional de saúde fique mais atento para esses casos mais suspeitos dessas três epidemias.”

LOC.: Para saber o que pode ser feito para evitar que o mosquito da Dengue, Zika e Chikungunya se espalhe nesse verão e não deixe você ou pessoas próximas doentes, o Ministério da Saúde disponibilizou o site: saude.gov.br/combateaedes. Ministério da Saúde, Governo Federal.
 

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