SÃO PAULO: Zika e Dengue diminuem 99% mas as iniciativas de prevenção e combate no estado continuam

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LOC: Jacqueline Monteiro é uma advogada de 29 anos. Ela mora no bairro Bom Retiro, localizado na região noroeste de Santos. Em julho de 2015, sentiu febre alta e muita dor no corpo, principalmente nas juntas, além de várias manchas vermelhas na pele. Era Zika. Jacqueline ficou surpresa quando soube. Não desconfiava da doença, até porque ela não conhecia ninguém que tinha pego e, era um assunto pouco divulgado e discutido, até então. Após o diagnóstico, a primeira reação de Jacqueline foi associar a Zika à microcefalia, já que o vírus pode interferir no crescimento da criança, mas a possibilidade de gravidez foi descartada.

 TEC/SONORA: Jacqueline Monteiro, advogada.

 “Ah, eu morri de medo. Eu não sabia o que poderia acontecer e a minha principal preocupação era se um dia eu tivesse um filho e se ele não teria aquela doença terrível que é a microcefalia.”

 LOC: Na época que Jacqueline teve Zika, 2015, outras cidades do litoral, como São Vicente, São Sebastião, Ubatuba e Praia Grande estavam em situação de alerta de acordo com o Levantamento de Infestação feito pelo Ministério da Saúde. A condição em Guarujá, por exemplo, era de risco. A advogada Jacqueline aponta uma problemática que vê hoje em sua cidade. Muitos dos seus conhecidos não recebem os agentes da prefeitura em suas casas, dificultando, assim, o combate. Além disso, há vários focos de proliferação de mosquito espalhados pela cidade.

 TEC/SONORA: Jacqueline Monteiro, advogada.

 “Tá melhor a questão da conscientização, as pessoas estão mais conscientizadas, mas ainda há muito o que fazer, principalmente em terrenos abandonados no centro da cidade. Aqui em Santos, nós temos muitos terrenos na região do centro, terrenos completamente abandonados, cheios de pneu, vasos, enfim, que podem acumular e são verdadeiros criadouros de mosquito. Então há muito o que fazer, sim”.

 LOC: Segundo a secretaria de Saúde do estado, a dengue ainda prevalece em relação às outras epidemias, com 1.130 casos. Já a Chikungunya teve 54. A Zika, que contraída por acqueline, foi responsável pelos 18 casos confirmados este ano. Os dados tiveram uma redução significativa, se comparada ao mesmo período em 2016. Segundo Regiane de Paula, Diretora Geral do Centro de Vigilância Epidemiológico da secretaria de Saúde do estado, a diminuição foi de 99% para os casos de Dengue, 94% para casos de Chikungunya e 99% de Zika. Ela comentou que melhorias estão sendo feitas para que os paulistas não tenham que sofrer mais com o mosquito. Uma dessas ações começou ano passado e continuará este ano.

 TEC/SONORA: Regiane de Paula, Diretora Geral do Centro de Vigilância Epidemiológico da secretaria de Saúde do estado de São Paulo.

 “O que a gente precisa ressaltar é que, em 2016, nós tivemos a resolução do nosso secretário de Saúde, a resolução de número 9, que criou um programa de incentivo aos sábados, para os agentes de controle de endemias, no valor de 120 reais. E com isso, a gente possibilitou, nesse programa de incentivo, ações de retirada de criadouros. Isso nos trouxe grande resultados.”

 LOC: Além do mais, profissionais de saúde foram capacitados para melhorar o diagnóstico dos pacientes. Foi criada uma força-tarefa com a Defesa Civil, Polícia Militar e secretarias de Educação Municipais para que possam reforçar os cuidados. Se você quer se manter livre da Dengue, Zika e Chikungunya ajude nessa batalha também. Para mais informações sobre sintomas e como combater, acesse saude.gov.br/combateaedes. Ministério da Saúde, Governo Federal.

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